Marcos Malagola (*)
A reformulação do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), lançado pelo Governo Federal no início do ano, vem aquecendo o setor de Construção Civil. A estimativa divulgada é que sejam construídas cerca de 500 mil moradias por ano. Além disso, o programa deve proporcionar em torno de 300 mil novos empregos com carteira assinada em todo o país neste mesmo período.
Com diversas mudanças nas regras para participar do MCMV, o programa agora possui foco em moradores de áreas urbanas com renda bruta mensal de até R$ 8 mil, famílias rurais com renda bruta anual de até R$ 96 mil e metade das unidades serão reservadas para famílias com rendas de até R$ 2.640. Essas normas impactam diretamente o setor de construção, já que elas aumentarão a procura por imóveis populares e favorecerão a velocidade das vendas imobiliárias, alavancando todo o mercado.
As novidades trazem um novo gás para o setor da Construção Civil, que passava por uma certa estagnação, gerada pelo aumento significativo dos custos dos insumos que tivemos nos últimos anos.
Isso fez com que a margem das construtoras neste tipo de empreendimento fosse reduzida consideravelmente, ficando inviável investir em novos lançamentos. Com o aumento do novo teto de valor de imóveis e as novas condições do programa, os projetos devem se tornar viáveis, tanto para os compradores, quanto para as incorporadoras. Desta forma, o novo desenho do Minha Casa, Minha Vida, tem sido visto como o oxigênio para voltar ao bom desempenho. O momento é promissor e de grandes expectativas para os próximos anos, devendo gerar demandas e oportunidades para as construtoras.
Onde a tecnologia entra na história?
Quando expectativas de crescimento para um setor são geradas, quem está melhor preparado sai na frente e consegue aproveitar as oportunidades. Quando falamos em construção civil, ser uma empresa capaz de gerir todos os seus processos de forma rápida, eficiente e precisa, faz uma grande diferença. Contar com uma plataforma de gestão, por exemplo, é algo essencial. Os benefícios começam pelo fato de a empresa poder integrar informações em uma única plataforma ERP, permitindo a existência de times mais ágeis e funcionais. Áreas como comercial, financeira, logística, fiscal passam a ser capazes de atuar com maior sinergia e eficiência, ganhando transparência em todos os processos.
Performance de Vendas: Plataformas de gestão permitem manter o time comercial conectado, atualizando dados em tempo real, o que significa maior agilidade nas negociações, aprovação de cadastros para concessão de crédito, gestão de contratos de compra e venda, análise de performance das equipes.
Maior lucratividade: O controle inteligente de estoque, análise de despesas, controle de prazos e das etapas de entrega das obras, permite às empresas evitar desperdício de materiais e também contratar recursos de forma mais programada. A plataforma ERP ainda permite total controle das contas a pagar e receber, assim como da área fiscal, emitindo alertas de pagamento e evitando multas.
Relacionamento de qualidade: Quando integrado a um CRM, o ERP permite ainda relacionamento mais próximo e de qualidade com clientes. Por ele, é possível fazer gestão de ocorrências de forma transparente, dando velocidade para questões como viabilizar reparos, manutenção, vistoria de obras.
Talvez a grande dica para o momento seja manter-se atento e proativo frente às oportunidades que o mercado apresenta. Na prática, isso significa estar preparado antes mesmo que as coisas aconteçam e apostar nos investimentos mais assertivos. A tecnologia sem dúvida alguma é um dos caminhos mais seguros e estratégicos para isso.
(*) Diretor Unidade da Senior Construção.