O Sistema de Pagamento Instantâneo PIX, criado pelo Banco Central e que entrará em operação em novembro deste ano, irá gerar um ganho considerável ao setor varejista pelo imediatismo do pagamento. O sistema será disponibilizado para o mercado brasileiro em novembro, mas agora em junho iniciam-se os testes obrigatórios para as instituições financeiras simularem os fluxos do novo sistema de pagamentos.
Para as redes varejistas, o ganho está na rapidez e facilidade de realizar os pagamentos. Isso abrirá um leque de criatividade para o setor estimular as transações financeiras instantâneas, seja com promoções ou vantagens via carteiras digitais. Segundo Marco Zanini, CEO da DINAMO Networks, empresa especializada em segurança de identidade digital e criptografia e responsável pelo fornecimento dos Hardwares Security Modules (HSMs) que compõe a infraestrutura de segurança do Banco Central na implantação do PIX, todos ganham com as transações de pagamento mais baratas. De acordo como executivo, o PIX facilitará e muito a comercialização de produtos e serviços.
Zanini afirma que existirão muitas oportunidades e diferentes modelos de negócios que serão impulsionados pelo novo Sistema de Pagamento Instantâneo PIX. Ele recorda a recomendação do Banco Central do uso dos appliances de segurança, HSM, para a segurança das transações. Na prática, o pagamento será por meio de um QR Code via celular, como se fosse um pagamento no débito, mas com um estímulo: a taxa próxima a zero.
Não só as redes varejistas, mas todos os mercados ganham com a nova modalidade. O próprio BACEN terá um ganho exponencial com a eliminação de gastos logístico e com a produção do papel.
No cenário do varejo, as maquininhas também estão com os dias contados?
Em Webinar promovido pela DINAMO Networks no mês passado, Diogo Carneiro, o Chief Technology Office (CTO) do Picpay, relatou que a forma de pagamento da sociedade está mudando. Ele acredita que agora tem que ser criativo para ganhar mercado. Para o empresário, o setor de maquininhas deve sofrer interferências negativas, mas não das adquirentes. “Se for dinâmico, tem espaço”, disse.
Na visão de Ivo Mosca – coordenador da subcomissão de pagamentos instantâneos da Febraban, o setor não está ameaçado. “Não acredito que as maquininhas sofrerão canibalização. Tem gente que gosta do controle pelo cartão de crédito”, ponderou na apresentação. Já Marco Zanini, acredita que a maquininha não vai acabar. “Ela deve ser transformada”, afirmou durante o webinar. Para o CEO, estamos vivendo um momento de mudanças e a maquininha deve trocar o modelo para se adequar aos novos tempos.