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Inteligência artificial responderá por 3,5% do PIB global em 2030

em Tecnologia
terça-feira, 24 de setembro de 2024

A IDC – International Data Corporation – empresa voltada a estudos de mercado na área de tecnologia, publicou um novo estudo, o “The Global Impact of Artificial Intelligence on the Economy and Jobs”, que analisa o impacto da inteligência artificial (IA) no crescimento econômico e no mercado de trabalho.

Vivaldo José Breternitz (*)

Segundo o relatório, em 2030, a inteligência artificial contribuirá com 3,5% do PIB global e que cada dólar investido em IA gerará 4,6 dólares na economia mundial, influenciando o mercado de trabalho em todo o mundo.

A IDC afirma que a inteligência artificial levará ao surgimento de novas profissões, como especialistas em ética e engenheiros de prompts. Ao mesmo tempo, algumas tarefas e até mesmo profissões podem ser significativamente alteradas ou até mesmo, extintas.

Apesar disso, as habilidades pessoais continuarão sendo fundamentais. Em particular, as profissões que exigem um alto nível de interação interpessoal e habilidades sociais e emocionais, como a enfermagem, ou que envolvem decisões éticas e compreensão complexa, serão menos suscetíveis a mudanças.

A maioria dos entrevistados para a elaboração do relatório acredita que, nos próximos dois anos, algumas (48%) ou a maior parte (15%) das suas tarefas serão automatizadas pela IA e outras tecnologias, enquanto apenas uma minoria (3%) das pessoas prevê que seu trabalho será completamente substituído por novas tecnologias.

A IA será estratégica também para o crescimento econômico e para a administração pública. As empresas e os governos precisarão investir significativamente para aproveitarem seus benefícios e prepararam-se para a revolução já em andamento.

Segundo Lapo Fioretti, Senior Research Analyst, Emerging Technologies and Macroeconomics da IDC, “ao automatizar tarefas rotineiras a IA gerará profundas alterações na economia, remodelando setores, criando novos mercados e alterando o cenário competitivo”.

Para se adaptar a essa nova realidade, as universidades, empresas e governos precisarão investir em tecnologias de IA e preparar a força de trabalho para as mudanças que estão chegando.

(*) Doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo, é professor da FATEC SP, consultor e diretor do Fórum Brasileiro de Internet das Coisas – [email protected].