Os ataques cibernéticos têm crescido de forma exponencial em todo o mundo. O Brasil, por exemplo, é um campo propício para a proliferação desses ataques, com uma população altamente conectada (cerca de 464 milhões de dispositivos digitais, que vão de celulares a computadores). A maior parte dos cidadãos brasileiros não está habituada a cuidados primários, como o ajuste das configurações de segurança do celular, ações simples que podem ajudar a mitigar os riscos envolvidos e evitar prejuízos financeiros, morais e emocionais.
Para ajudar a fortalecer a segurança cibernética em todas essas frentes, o Instituto Nacional de Combate ao Cibercrime (INCC) elaborou o Guia Prático para a Segurança Digital, publicado hoje. Trata-se de um documento robusto e informativo, que combina explicações teóricas e orientações práticas. Dessa forma, ele não se dirige apenas a leitores com formação mais técnica, como profissionais de TI e cibersegurança; em vez disso, está disponível a população geral. O intuito desse material é promover a conscientização de toda a sociedade sobre o tema – escopo que se insere no primeiro dos seis eixos centrais para enfrentamento dos crimes cibernéticos, propostos pelo INCC no relatório que foi apresentado ao governo federal em agosto deste ano com sugestões de prioridades para o efetivo combate a crimes digitais no Brasil.
“Enquanto golpes, crimes e incidentes cibernéticos tornam-se cada vez mais variados, todos saem perdendo: os governos, as instituições públicas e privadas e o cidadão comum. Os prejuízos vão além da esfera financeira, podendo chegar até mesmo a danos psicológicos decorrentes da violação da intimidade dos indivíduos. Por isso, tais ameaças devem ser combatidas com rigor, por meio de uma defesa consistente e bem orientada. Neste contexto, é essencial que toda a população se municie com a informação necessária para enfrentar esses desafios”, destaca Fábio Diniz, fundador e Presidente do INCC.
Os avanços da tecnologia, incluindo a inteligência artificial, facilitam o trabalho dos criminosos, permitindo que eles desenvolvam técnicas e artifícios cada vez mais sofisticados. Com isso, conseguem explorar vulnerabilidades e ludibriar pessoas, organizações e instituições.
O Guia Prático para a Segurança Digital traz um compilado de informações que são úteis em diversos ambientes: no âmbito do serviço público, entre os trabalhadores da iniciativa privada e junto aos demais cidadãos brasileiros, sejam eles jovens ou idosos. Seu conteúdo foi estruturado em onze capítulos:
- Mantenha-se seguro no ambiente de trabalho;
- Previna-se contra os golpistas;
- Cuide de sua proteção pessoal e familiar;
- Aprenda a resolver problemas que já ocorreram;
- Cuide da segurança dos seus dispositivos móveis;
- Aprenda a proteger suas redes sociais;
- Proteja seus serviços de armazenamento em nuvem;
- Cuide da segurança dos dispositivos de sua casa;
- Aprenda a identificar golpes;
- Proteja sua vida financeira; e
- Proteção para as crianças.
“A segurança cibernética não é apenas uma responsabilidade individual, empresarial ou do poder público, mas uma necessidade coletiva que afeta nossas vidas, nossas informações sensíveis e a segurança de nossas famílias. Com este Guia, esperamos deixar uma contribuição de valor e trazer ainda mais luz para esse assunto cada vez mais urgente. Conhecendo as diversas modalidades de ataques e adotando medidas básicas de segurança digital, fortalecemos não apenas a nossa própria segurança, mas também a integridade de nossas instituições e da própria sociedade”, finaliza Luana Tavares, fundadora e CEO do INCC.