Apresentando seus resultados financeiros do 2º trimestre, que foram muito bons, a Meta tornou públicas algumas informações adicionais, dentre essas, o fato de o Facebook ter agora um número recorde de usuários ativos: 3,08 bilhões, um aumento de 3% em relação mesmo período do ano anterior.
Vivaldo José Breternitz (*)
Isso representa 38,4% da população global – nada mau para um empreendimento concebido nos alojamentos de uma universidade há 19 anos, que alcançou 1 bilhão de usuários em 2012 e 2 bilhões em 2017.
O número é ainda mais relevante se considerarmos que a China, com população de 1,4 bilhão, proíbe o uso da plataforma dentro de suas fronteiras e que ainda há pessoas que não têm acesso à internet. Assim, pode-se dizer que o Facebook está sendo usado por mais da metade da população global que tem a possibilidade de de acessá-lo.
A maioria dos usuários do Facebook está na Índia, onde 314 milhões de pessoas acessaram-no em janeiro de 2023; Brasil, Estados Unidos e Indonésia têm mais de 100 milhões usuários cada um.
A Meta tem outros produtos além do Facebook e do aplicativo de mensagens Messenger, tendo adquirido outras ferramentas, como Instagram e WhatsApp. Vários de seus projetos não prosperaram, mas o mais recente, Threads, é uma iniciativa ousada que visa combater o Twitter, agora chamado X, e que chegou muito rapidamente a cem milhões de usuários, embora nesse momento pareça ter deixado de crescer rapidamente.
Apesar dos resultados financeiros positivos, o mercado se preocupa com os negócios conduzidos pelo Reality Labs, divisão da Meta que está desenvolvendo o Metaverso, cujos prejuízos operacionais aumentaram para US$ 3,74 bilhões no trimestre, contra US$ 2,81 bilhões no mesmo período do ano anterior.
(*) Doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo, é professor da FATEC SP, consultor e diretor do Fórum Brasileiro de Internet das Coisas.