Vitor Magnani (*)
Com a evolução da tecnologia, surgem constantemente novas soluções que transformam a vida das pessoas. Nesse sentido, empresas concebidas antes do surgimento da internet vêm cada vez mais usando o processo de digitalização para ampliarem os avanços tecnológicos que impactam pessoas de todo o mundo.
Essa modernização é muito aplicada para possibilitar o comércio digital, novos meios de pagamento, políticas públicas, logística e delivery, entre outros fins – e contribui para o aperfeiçoamento do desempenho das organizações e, consequentemente, o alcance de suas soluções.
Por outro lado, a falta de profissionais de tecnologia para essas soluções digitais é um desafio constante em muitos países. Em um mundo cada vez mais digital, as empresas precisam de profissionais habilitados e capacitados para desenvolver e implementar recursos para atender às suas necessidades. Considerando que a demanda por esses talentos está superando a oferta, a capacidade das empresas de diversos setores de competir no mercado é afetada diretamente.
A propósito, a última previsão divulgada pelo Gartner aponta que os gastos mundiais com TI crescerão 2,4% em 2023. A tendência é que esses investimentos sejam destinados principalmente para o combate aos crimes cibernéticos, que continuam ocorrendo independentemente das crises econômicas globais. Para se ter uma ideia, a empresa de pesquisas Canalys prevê que o mercado de segurança cibernética deve movimentar, este ano, aproximadamente US$ 223 bilhões.
Mas como a escassez de talentos de tecnologia deve ser superada? Uma solução viável é investir em programas de treinamento e capacitação – há empresas de todos os portes oferecendo mentorias para os seus colaboradores, a fim de desenvolver suas habilidades e conhecimentos em tecnologia, por exemplo. Além disso, outro recurso interessante é a união entre companhias e instituições de ensino técnico para a criação de programas de capacitação que contribuam para preparar jovens e iniciantes na profissão.
É válido ressaltar que alguns países encaram essas mesmas condições, mas muitos deles podem ter uma abundância de profissionais qualificados. Por isso, as empresas podem buscar esses talentos estrangeiros e oferecer-lhes oportunidades de trabalho em suas próprias organizações, inclusive de forma remota. Ao dispor desses profissionais, as empresas devem integrá-los aos times de trabalho existentes, maximizando a sua contribuição para a companhia.
Em contrapartida, a exploração de novas tecnologias – como inteligência artificial e automação – podem ser alternativas proveitosas para a execução de tarefas que antes eram realizadas manualmente pelos profissionais de tecnologia. Essa não é uma opção que os substitua por completo, mas sim uma forma de atender demandas repetitivas e, ao mesmo tempo, não tão complexas.
Em resumo, a falta de profissionais de tecnologia para soluções digitais é um problema complexo e que precisa ser abordado com maior atenção, criatividade e eficácia pelas companhias. Investir em programas de treinamento e capacitação, atrair profissionais de outros países e explorar novas tecnologias são algumas das soluções para esse cenário.
Desse modo, as empresas poderão garantir que os seus serviços tenham êxito e vigorem no mercado.
(*) – É presidente do Movimento Inovação Digital (https://movimentoinova.org/).