A utilização de drones para entregas em escala comercial está demorando muito mais do que se esperava.
Vivaldo José Breternitz (*)
Em dezembro de 2013, o então CEO da Amazon, Jeff Bezos disse em entrevista à CBS que trabalhava no desenvolvimento de projetos de entrega via drones e que esperava vê-los operando regularmente “em quatro ou cinco anos”.
Muito se fala na utilização dessas máquinas pela Amazon, quer pelo imenso volume de entregas que executa, quer pela sua constante busca de soluções tecnológicas avançadas.
A empresa segue trabalhando com o assunto, mas ao que parece ainda continua encontrando problemas: segundo documentos da FAA americana, órgão com funções similares às da nossa ANAC, e da própria Amazon, obtidos pelo site de notícias Business Insider, pelo menos oito drones da empresa caíram em um período de treze meses.
Em 2021, a Amazon realizou 2.300 voos de teste; o acidente mais recente aconteceu em fevereiro, no Oregon; outra queda em junho passado, provocou um incêndio em uma área de mata.
Os acidentes ocorreram em função de problemas com hélices e motores e também por falhas de software, razões que surpreendem depois de tantos anos de testes.
A Amazon comentou o assunto de forma protocolar, dizendo que sua preocupação primordial é com a segurança, que os testes estão sendo realizados em ambiente controlado e que procura conhecer os limites de utilização dos drones.
(*) Doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo, é professor, consultor e diretor do Fórum Brasileiro de IoT