226 views 5 mins

E-commerce B2B: tecnologia e inovação potencializam o setor do agronegócio

em Tecnologia
segunda-feira, 22 de novembro de 2021

Eduardo Oliveira (*)

Com expansão recorde em 2020, o agronegócio potencializa o crescimento da economia brasileira, além de promover empregos e desenvolvimento para o país

Alguns pilares são fundamentais para o otimismo do setor, nessa lista estão: tecnologia e inovação, especialmente para o protagonista do momento: o e-commerce B2B.

Para entendermos melhor esse mercado, precisamos compreender o que ele representa economicamente para o Brasil. O Produto Interno Bruto do agronegócio bateu um recorde de 24,31% em 2020, conforme informou a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).

Com esse resultado, o setor ampliou para 26,6% sua participação no PIB total do país no ano passado, contra 20,5% em 2019. Isso engloba o movimento de toda a cadeia do setor: produção dentro da porteira, insumos, agroindústria e serviços.

Para garantir que as mais de 5 milhões de propriedades rurais espalhadas pelo Brasil produzam com o total das suas capacidades, é necessário que a cadeia de distribuição seja eficiente o suficiente para que esses produtos não parem. Esse é um desafio que só pode ser enfrentado com a ajuda de um modelo de negócio: o e-commerce.

A cadeia de distribuição ao qual nos referimos envolve uma série de insumos e produtos como defensivos agrícolas; sementes; fertilizantes; nutrição; máquinas e peças agrícolas; cercamento; balanças de gado; celulares; softwares; drones; equipamentos de precisão, entre muitos outros.

Vender uma safra de milho ou fechar contratos valiosos para distribuir a soja não é possível sem que esses produtos cheguem às propriedades no tempo certo. Além disso, é essencial que estejam disponíveis em quantidade suficiente e sejam destinados ao produtor adequado.

Mas, o que envolve esse processo todo e como o e-commerce vem trazendo soluções para o agronegócio? A resposta para essa pergunta está na otimização de processos e redução de custos proporcionados pelo modelo de negócio B2B.

Estamos falando de estabelecer e integrar políticas e regras comerciais, permitindo que estejam disponíveis para todos canais de distribuição. Ademais, em relação à reduzir custos, quando um e-commerce é capaz de reduzir o número de visitas, dando mais autonomia aos clientes para comprarem a hora e como quiserem, os gastos com retrabalho e falhas no sistema automaticamente são eliminados

Isso porque ao integrar canais e sistemas de gestão, a redigitação de pedidos e o erro nas informações também minimizam consideravelmente. Da mesma forma, a ampliação de mercado oferecida pela inovação na venda entre empresas permite que a força comercial de uma organização chegue mais longe, vendendo insumos e produtos para qualquer lugar, de acordo com as políticas, regras tributárias e fiscais de cada estado e município.

Com a chegada da venda B2B digital nesse setor, as revendas e lojas agrícolas precisam encontrar parceiros certos para que os seus negócios entreguem com qualidade, garantia e previsibilidade de entrega, além de ótimas condições comerciais.

A transformação digital é a grande aliada dessas empresas, bem como também é a única alternativa não para se manter competitivo, mas simplesmente para se manter no mercado. Uma plataforma de excelência é capaz de gerenciar e configurar as diversas variáveis envolvidas no processo de venda entre empresas, desde tabelas de preços, descontos, condições de pagamento, crédito, impostos, etc, mensuradas e adaptadas de acordo com cada situação e/ou cliente.

Uma vez definidas e configuradas, essas políticas passam a estar disponíveis nos canais comerciais B2B, garantindo todos os acordos firmados. Afinal, e-commerce B2B é muito mais que compra de pessoa jurídica com cadastro moderado e desconto padrão, é uma ferramenta potente e fundamental para o andamento do agronegócio no Brasil, permitindo que os produtos da indústria alcancem o maior número de pontos de venda com menor ruptura possível.

(*) É CEO da F1 Commerce.