A caminhada do Facebook, hoje chamado Meta, para o metaverso continua confusa, enfrentando muitos obstáculos.
Vivaldo José Breternitz (*)
A divisão Reality Labs da Meta, responsável pelos projetos de hardware e outras iniciativas voltadas ao metaverso, fará cortes em alguns de seus projetos, segundo a agência de notícias Reuters.
Não está claro quais projetos serão afetados, mas o Chief Technical Officer da Meta, Andrew Bosworth, disse aos funcionários que a empresa não tem condições de arcar com os custos decorrentes de tudo o que havia planejado, devendo fazer cortes. Disse também que outros projetos sofrerão adiamentos.
É a notícia mais recente acerca das dificuldades que vem enfrentando o ambicioso plano da Meta de reorientar a empresa em torno da realidade virtual e do metaverso, posição anteriormente ocupada pelo Facebook.
A divisão Reality Labs da Meta, que perdeu US$ 10 bilhões em 2021, também anunciou ter reduzido substancialmente seus planos de admissão de pessoal em 2022, contrariando o que havia dito no final de 2021, quando anunciara milhares de contratações.
Algo que parece continuar a todo vapor é o Projeto Cambria, um headset de realidade virtual “high-end”, que deve ser lançado em breve e a respeito do qual o CEO da Meta Mark Zuckerberg tem falado frequentemente, anunciando-o como algo revolucionário, que será um marco na estrada para o metaverso.
Aos profissionais da área, resta acompanhar o que vem acontecendo, lembrando que a Meta vem sofrendo pressões de órgãos reguladores americanos e europeus.
(*) Doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo, é professor, consultor e diretor do Fórum Brasileiro de IoT.