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Desmistificando a Inteligência Artificial no Marketing

em Tecnologia
quarta-feira, 09 de março de 2022

A inteligência artificial (IA) tem o intuito de promover e expandir o conhecimento dos humanos e não substituir nossas habilidades e propósitos.

Marcel Jientara (*)

Ou seja, ela tem o potencial de dignificar as rotinas diárias, se juntando às pessoas para que elas tenham mais tempo para focar em atividades relevantes e mais estratégicas no ambiente de negócios. Assim como na Revolução Industrial, o susto inicial de máquinas substituindo pessoas é natural, mas na verdade o que deve ocorrer é uma mudança nas tarefas e consequentemente nas funções das pessoas. Haverá um maior investimento em capacitação e educação para que nós estejamos mais preparados para realizar novas funções e usar as tecnologias disponíveis no século 21, da mesma forma que antigamente máquinas e humanos atuavam em relação de simbiose.   

Um exemplo da Inteligência Artificial que agrega valor em uma empresa são os chatbots, uma alternativa para um atendimento ao cliente mais ágil e personalizado, disponível em tempo integral para estreitar a jornada de relacionamento entre marca e mercado consumidor, valorizando e aperfeiçoando a experiência do cliente com o seu serviço ou produto. 

A principal vantagem de trabalhar com IA é que ela pode fazer os primeiros níveis de atendimento, entregando escalabilidade, por meio de automação de volume rápida, e qualidade, por meio de linguagem natural em interações personalizadas. Assim, o time humano só receberá e trabalhará em cima daquilo que realmente importa. Ou seja, ela toma decisões e organiza tarefas que evitam que uma pessoa faça um simples atendimento como copiar e colar um texto para ensinar como baixar uma segunda via de boleto. Isso não precisa ser feito por um humano.

Nesse caso, a tecnologia pode ser considerada como uma aliada da empresa. Por mais que a IA seja mais rápida, precisa e consistentemente racional, ela não possui o discernimento e a intuitividade emocional ou cultural, como nós seres humanos. Portanto, elas sozinhas não definem o trabalho e sim é a soma da Inteligência Artificial mais a Inteligência Humana que vai trazer melhores resultados para uma empresa no longo prazo. 
As empresas agora precisam primeiramente introduzir a IA, apresentar conceitos básicos e desmistificar as barreiras que são criadas naturalmente com o que se ouve nos bastidores. Para isso, basta uma inteligência artificial de qualidade que ofereça um processo de onboarding assistido e conteúdos detalhados para ensinar ao time humano como agregar a IA da melhor maneira em seu dia a dia, sem interferir nos processos atuais.

(*) É CEO e Founder da Alana AI, um dos principais nomes em ascensão do setor de produtos com inteligência artificial no Brasil. responsável pelo design e criatividade da interface da Alana, o co-fundador da empresa é a mente criativa e institucional por trás da capacidade da plataforma em gerar mudanças significativas em organizações que querem se comunicar bem com seus públicos. Formado em administração de empresas pela FGV, tem especializações em comunicação contemporânea, mídia criativa, design de interação.