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Cooperativa de reciclagem de eletrônicos chega à marca 2 mil toneladas

em Tecnologia
sexta-feira, 11 de outubro de 2019

As campanhas de educação ambiental ainda se esforçam para ensinar que mesmo um papel de bala deve ser descartado corretamente para não poluir o meio ambiente. Os investimentos em conscientização começam a demonstrar algum efeito, mas ainda são necessários. Há 10 anos, a cooperativa de reciclagem Coopermiti iniciou um trabalho semelhante, mas com uma diferença: ao invés do plástico ou da latinha de refrigerante, a proposta era impedir que computadores, micro-ondas, geladeiras, televisores e as vitrolas fossem descartadas na natureza.

O trabalho da Coopermiti que começou no final de 2009, vem apresentando uma solução viável e sustentável para o descarte do material, além de promover a inclusão social. “Somos a primeira cooperativa do Brasil, conveniada a uma prefeitura, para trabalhar com o lixo eletrônico, dando um destino correto aos resíduos sólidos provenientes do mesmo”, explica Alex Luiz Pereira, presidente da Coopermiti.

Componentes eletrônicos expostos em aterros sanitários ou mesmo em pontos de descarte irregular podem liberar substâncias tóxicas como Mercúrio, Cobre, Cádmio e, além disso, impedir que outros componentes sejam reaproveitados pela indústria na produção de novos dispositivos – diminuindo o impacto ambiental. O trabalho pioneiro junto ao poder público e à sociedade começou a ganhar importância à medida que o lixo eletrônico passou a se tornar um problema para o meio ambiente.

Raridades levaram à criação do Museu
Há 10 anos recolhendo materiais em postos de coleta fixo, em eventos e até recebendo pessoalmente os equipamentos quebrados ou inutilizados dos cidadãos na sede da cooperativa, em São Paulo, a equipe soma mais de 2.669.697,00 quilos de REEE coletados durante todo este tempo de atividade. Entre os objetos recebidos estavam tantas relíquias que a cooperativa chegou a montar um museu com raridades que hoje auxiliam na missão de educar e conscientizar sobre o descarte regular.
No entanto, apesar das mais de 2 mil toneladas de eletrônicos recolhidos, o número poderia ser ainda maior. Mesmo com o crescente engajamento dos paulistanos, a cooperativa trabalha com apenas 30% da capacidade de reciclagem devido a falta de doações de aparelhos eletrônicos quebrados ou sem uso. De acordo com o levantamento realizado pelos profissionais, o maior desafio é convencer empresas de que o descarte de eletrônicos é necessário e seguro.

Para as empresas
Muitas empresas temem colocar em risco os dados dos clientes contidos nas máquinas. No entanto, manter os equipamentos no almoxarifado pode ser muito mais arriscado. A Coopermiti fornece o laudo de Destruição Segura de Dados – a cooperativa realiza um processo que elimina as chances de que as informações contidas em dispositivos de armazenamento possam ser recuperadas, evitando o acesso indevido ao conteúdo.

Assim, a meta para os próximos 10 anos da Cooperativa é continuar o trabalho de conscientização e assegurar a profissionalização do trabalho em todas as etapas do processo.

Para colaborar ou saber os endereços dos postos de coleta, acesse: http://coopermiti.com.br