Clientes cada vez mais conscientes e normas regulatórias como a LGPD, exigirão das empresas investimento para gerar confiabilidade por meio da proteção dos dados.
Com o aumento das aplicações em nuvem, novas discussões estão tomando espaço entre os executivos de TI, sendo uma das mais pertinentes a da geração da confiança por meio da confidencialidade dos dados.
Debater o assunto é importante para a nossa área. Afinal, já passamos do ponto no qual a automatização de processos e o desenvolvimento de inteligências artificiais deixaram de ser um fenômeno para se tornarem uma tendência. E tudo isso envolve o compartilhamento de informações.
Assim, segundo estudo realizado pela International Data Corporation (IDC), clientes estão cada vez mais conscientes, curiosos e cautelosos sobre o uso de suas informações pessoais. Sem falar em ameaças cibernéticas complexas e legislações crescentes para proteger a privacidade digital. Nesse contexto, a confiança é o troféu a ser conquistado pelo TI nos próximos anos.
A força da LGPD
Desde que foi sancionada, em agosto de 2018, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) vem promovendo uma verdadeira transformação no setor. E, de acordo com algumas previsões feitas pelo estudo da IDC, adequar-se às legislações será ponto crucial para as corporações no futuro.
Para se ter ideia, 35% das empresas entrevistadas revelaram que terão uma pessoa para ocupar o cargo de “engenheiro de privacidade”. Esse profissional terá como tarefa fazer com que a privacidade esteja incorporada no design das soluções de TI, fazendo dessa característica o ponto inicial de desenvolvimento de novos produtos e processos.
Em contrapartida, 40% das empresas que responderam à pesquisa revelaram que, até 2026, irão investir em ofertas de serviços para atender às normas de legislações como a LGPD, por conta da falta de pessoal qualificado.
Outra previsão apontada é que, para dificultar o crescente número de ataques digitais, as tecnologias de computação para proteger a privacidade de dados deverão ficar cada vez mais confidenciais. Algo que deverá colaborar para a confiança que essas companhias serão capazes de gerar.
Confiança que se mede
Uma vez que a confiança será um predicado importante para as empresas, outra tendência apresentada pelo estudo da IDC é que investimentos estratégicos sejam feitos não só na infraestrutura, mas em oferecer provas de que ela é confiável para proteger as informações.
Até 2025, a Securities and Exchange Comission (SEC), órgão regulador norte-americano, irá publicar padrões de pontuação de risco cibernético. Esse parâmetro terá preenchimento obrigatório pelas empresas de capital aberto, que deverão revelar a sua pontuação de acordo com ele. E mais: essa informação precisará ser atualizada todos os anos.
Aliás, ter de se adequar às regulamentações mais severas sobre sua estrutura de segurança de dados também deverá promover mudanças internas nas corporações. De acordo com o estudo, 60% das 2 mil maiores empresas adotarão avaliações contínuas de risco ao invés das auditorias anuais de hoje.
Parcerias estratégicas
Essa busca constante em gerar a confiança para clientes cada vez mais exigentes também irá elevar a barra do setor em infraestrutura.
Por isso, ao escolher seu parceiro, opte por uma empresa que entende os desafios de TI na América Latina e centraliza esforços na segurança lógica e física das soluções que oferece.
(Fonte: Rodrigo Oliveira é Diretor de Negócios – Data Center, Cloud & Security da Cirion Technologies).