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ChatGPT cresce de forma viral

em Tecnologia
sexta-feira, 03 de fevereiro de 2023

Estima-se que o ChatGPT, o popular chatbot da OpenAI, tenha atingido 100 milhões de usuários em janeiro, apenas dois meses após seu lançamento, tornando-se o aplicativo de crescimento mais rápido da história, de acordo com um estudo do banco suiço UBS.

Vivaldo José Breternitz (*)

O ChatGPT pode gerar artigos, ensaios, piadas e até poesia em resposta a solicitações feitas por usuários, mas está levantando questões acerca de seu uso para a facilitação da fraudes no ambiente acadêmico e pela possibilidade de gerar desinformação pela divulgação de incorreções que o sistema tem gerado.

O estudo, citando dados da empresa de pesquisas de mercado Similarweb, disse que, em média, cerca de 13 milhões de visitantes usaram o ChatGPT em cada dia de janeiro, mais que o dobro dos níveis registrados em dezembro.

Segundo analistas do UBS, não há registro de crescimento tão rápido do número de usuários de um aplicativo em toda a história da internet: o TikTok, por exemplo, levou cerca de nove meses após seu lançamento global para atingir 100 milhões de usuários e o Instagram 2 anos e meio.

A OpenAI disponibilizou o ChatGPT para uso gratuito em novembro, e agora está lançando uma assinatura mensal, o ChatGPT Plus, ao preço de US$ 20 para uso do serviço com tempos de resposta mais rápidos e a possibilidade de experimentar novos recursos antes dos demais usuários – por enquanto, essa assinatura está disponível apenas para os usuários americanos. Segundo a empresa, a receita da assinatura ajudará a cobrir os custos de computação, que crescem à medida em que cresce o uso do sistema.

Os analistas acreditam que o crescimento viral do ChatGPT dará à OpenAI vantagem competitiva em relação a outros produtos similares.

Ainda em janeiro, a Microsoft, que já teria investido US$ um bilhão no desenvolvimento do produto, anunciou novos investimentos multibilionários na OpenAI, quer em dinheiro vivo quer no fornecimento de serviços de computação em nuvem.

(*) É Doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo, é professor, consultor e diretor do Fórum Brasileiro de Internet das Coisas.