A demanda por seguros para riscos cibernéticos cresceu 10% depois que a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) brasileira entrou em vigor, em 18 de setembro. A maior procura já era uma tendência verificada em 2019, quando houve um crescimento de 75% no número de cotações do Proteção Digital, seguro cibernético da Zurich.
Segundo o Superintendente de Linhas Financeiras e Seguro Garantia da Zurich no Brasil, Fernando Saccon, como a legislação tem o propósito de zelar pela privacidade dos dados dos consumidores, preservando-os de exposição indevida ou de ataques cibernéticos, o que antes era curiosidade por parte das empresas, passou a ser uma necessidade. “O seguro cibernético é universal, já que companhias de todos os portes e segmentos de atuação hoje estão conectadas, em maior ou menor grau, à internet e precisam proteger os dados”, afirma.
De acordo com o executivo, nesses casos o seguro cibernético oferece mais que uma cobertura, pois proporciona assistência – um serviço de resposta a incidentes, já que ajuda as companhias a entenderem os riscos a que estão expostas e aponta gaps.
Os ciberataques, assim como o colapso da infraestrutura da informação, já figuravam na lista dos 10 maiores temores de riscos na próxima década, segundo o Global Risk Report 2020, produzido pela Zurich Insurance Group em parceria com o WEF e a Marsh & MacLennan. O documento, lançado em janeiro deste ano, também apontou a “fraude ou roubo de dados” como riscos de maior probabilidade de acontecer.
Já “colapso da infraestrutura da informação” e “ataques cibernéticos” estavam na 6ª e 8ª posição de risco em termos de impacto. O ranking foi feito a partir de cinco categorias de classificação: tecnológica, ambiental, geopolítica, social e econômica.