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Aumenta o uso de robôs para fins militares

em Tecnologia
quarta-feira, 11 de novembro de 2020

Não é segredo que forças armadas de diversos países estão investindo muito no desenvolvimento de robôs, drones e veículos militares autônomos.

Vivaldo José Breternitz (*)

Em recente entrevista, o comandante das forças armadas do Reino Unido, General Sir Nick Carter, disse acreditar que nos anos 2030, 25% do exército daquele país será constituído por robôs.

Não são apenas razões ligadas à eficiência desses equipamentos que estão levando o Reino Unido a considerar essa possibilidade. A falta de interesse dos jovens por carreira nas forças armadas também está contribuindo: o exército daquele país não consegue preencher as cerca de 82 mil vagas de que dispõe; há um déficit de cerca de 10 mil soldados.

Ainda não está claro quais os papéis que esses robôs terão nas forças armadas. Há um forte movimento no sentido de que acordos internacionais venham a proibir os “killer robots”, ou “robôs matadores”, que, dotados de inteligência artificial, substituiriam os soldados nos campos de batalha, atuando sem qualquer supervisão direta de seres humanos.

Se essa proibição vier a ocorrer, robôs, drones e veículos autônomos serão utilizados basicamente em missões de reconhecimento, vigilância e transporte, não sendo de se esperar, ao menos num curto espaço de tempo, batalhas em que robôs enfrentarão seres humanos ou outros robôs, embora haja registros de casos em que drones americanos tem feito alguns ataques, no Iraque e no
Afeganistão.

(*) É Doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo, é professor da Faculdade de Computação e Informática da Universidade Presbiteriana Mackenzie.