As Amazon Go foram projetadas para serem lojas de alta tecnologia, equipadas com câmeras e sensores que detectam os produtos adquiridos, permitindo ao cliente deixar o estabelecimento e pagar suas compras automaticamente via cartão de crédito, sem passar pelo caixa.
Vivaldo José Breternitz (*)
Eram vistas até muito recentemente como uma revolução no mundo dos pequenos supermercados, mas o mundo foi surpreendido com a notícia que a empresa está fechando oito dessas lojas nos Estados Unidos.
A gigante do varejo eletrônico fez o anúncio no mesmo dia em que admitiu que está interrompendo a construção de sua nova sede em Arlington, Virgínia, enquanto reavalia as necessidades de espaços para escritórios, principalmente em função de cada vez mais pessoas preferirem trabalhar remotamente.
Como observa a agência de notícias Bloomberg, esses são os últimos movimentos de corte de custos da Amazon em meio à queda de suas vendas. Em janeiro, a empresa decidiu aumentar para 18 mil as 10 mil demissões que planejara.
A porta-voz da empresa, Jessica Martin, disse à imprensa: “Como qualquer varejista físico, avaliamos periodicamente nosso portfólio de lojas e tomamos decisões de otimização ao longo do caminho. Continuamos comprometidos com o formato Amazon Go, operamos mais de 20 lojas Amazon Go em todo os Estados Unidos e continuaremos a buscar formas de melhor atender aos nossos clientes.”
Além de operar as lojas Go, a Amazon luta há muito tempo para conquistar espaço no varejo físico, mudando estratégias com alguma frequência, tendo fechado suas 68 livrarias físicas e lojas “4 estrelas” que mantinha nos Estados Unidos e no Reino Unido.
Apesar disso, o CEO da Amazon, Andy Jassy, disse ao Financial Times que a empresa planeja crescer em seus negócios nessa área no ano de 2023.
(*) Doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo, é professor, consultor e diretor do Fórum Brasileiro de Internet das Coisas.