O grupo Alibaba, o gigante chinês das áreas de comércio eletrônico e tecnologia, acaba de fechar seu laboratório de computação quântica e doar seus equipamentos e o conhecimento obtido até agora à Universidade de Zhejiang.
Vivaldo José Breternitz (*)
Um porta-voz da empresa disse que a Universidade dará prosseguimento às pesquisas que vinham sendo desenvolvidas no laboratório, inclusive devendo contratar os funcionários afetados pelo fechamento.
O laboratório fazia parte da DAMO (Discovery, Adventure, Momentum and Outlook) Academy, instituição criada em 2017 pelo Alibaba para pesquisar tecnologias avançadas como inteligência artificial, aprendizado de máquina, computação quântica e outras, tendo como objetivo, segundo o grupo, “gerar conhecimento e acelerar sua troca entre os ambientes científico e industrial”.
O fechamento do laboratório é a mais recente mudança interna no Alibaba, que anunciara em março passado que iria dividir seus negócios em diversas unidades; essa cisão foi cancelada em novembro e o novo CEO do grupo, Eddie Yongming Wu, disse que cada um dos negócios do Alibaba enfrentará o mercado de forma mais independente, devendo ocorrer revisões estratégicas para distinguir entre negócios “principais” e os “não essenciais”.
Mesmo as empresas gigantes seguem vivendo tempos turbulentos, especialmente aquelas que produzem ou são fortemente dependentes de tecnologia.
(*) Doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo, é professor da FATEC SP, consultor e diretor do Fórum Brasileiro de Internet das Coisas.