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A ciência por trás do onboarding digital

em Tecnologia
terça-feira, 08 de março de 2022

Fabricio Beltran (*)

O aumento na busca por meios de se automatizar a estrutura operacional não é por acaso.

Dentro do contexto corporativo, cada vez mais empresas se deparam com a necessidade de maximizar ganhos acerca da eficiência e a agilidade dos processos, a fim de se manter em um nível satisfatório de competitividade e desempenho coletivo. Entretanto, diante o objetivo de normalizar o componente tecnológico entre as equipes, é preciso compreender qual é a ferramenta mais indicada e como a mesma poderá corresponder à realidade de dados apresentada.

Nesse sentido, plataformas de onboarding digital têm oferecido mudanças que vão além do aspecto processual, trazendo uma abordagem estratégica para o fluxo de informações. Por isso, compreender a funcionalidade ligada à solução é o primeiro passo para ficar à parte de seu real impacto.

Hoje, manter-se alheio ao dinamismo do campo da tecnologia e suas vertentes é o mesmo que ignorar uma onda de possibilidades a serem aderidas, restando, somente, atividades morosas e pouco efetivas em termos mercadológicos.

Atualmente, os desafios voltados para o armazenamento e uso dos dados são numerosos e exigem uma resposta imediata e abrangente. O onboarding digital, em resumo, busca reformular o processo de validação cadastral de clientes, influenciando de forma positiva a gestão das informações recebidas pelos usuários.
No intuito de garantir que todas as etapas referentes à aplicabilidade da ferramenta aconteçam de maneira ágil, segura e eficiente, é imprescindível que determinadas práticas de prevenção sejam adotadas, sempre por meio da automação. No que diz respeito à análise do documento recebido, há todo um procedimento de classificação, em que os dados são identificados e enquadrados em categorias relevantes para a organização do setor, como o RG ou comprovante residencial.
Após isso, será concebido o tratamento da imagem, que resultará na extração dos dados e, consequentemente, na obtenção de informações específicas sobre o usuário, conferidas em bases públicas da Receita Federal. Vale destacar que a postura antifraude deve ser personificada por ações factíveis, o que pode ser conquistado através da implantação de uma plataforma robusta.

Um exemplo contundente é a utilização da biometria facial, cuja função se estende à identificação via selfie enviada pelo usuário, realizando uma comparação imediata com o documento analisado. Outra etapa relevante para o procedimento é a detecção de expressões faciais, modelagem e o próprio formato de rosto. Com isso, imagens estáticas ou máscaras de fraude são combatidas e reprovadas.

Enquanto uma atividade respaldada pela Inteligência Artificial, contando com metodologias de Machine Learning e Analytics, o sistema de prevenção à fraude também se apoia na análise documental, dessa vez, contando com a participação estratégica de analistas especializados, que serão responsáveis por averiguar, detalhadamente, todas as informações obtidas no fim do processo.

Todo esse caminho técnico levará à permissão ou não do cadastramento, reduzindo exponencialmente a ocorrência de fraudes e outras práticas ilícitas. Sem dúvidas, trata-se de uma estrutura construída em prol do que há de mais positivo na relação entre tecnologia e empresariado, colocando o negócio em harmonia com a legislação vigente.

Para concluir, é imperativo que o gestor olhe com mais atenção para o onboarding digital, tendo em sua ciência uma aliada de valor, capaz de fomentar um novo patamar de TI, em que os dados serão manuseados com inteligência analítica e muito mais segurança.

(*) – Formado em Tecnologia de Dados, com pós-graduação em Big Data e Desenvolvimento Móvel, é Founder e Head de Inteligência Artificial da Nextcode(www.nxcd.com.br).