O empreendedorismo feminino vem ganhando terreno nos últimos anos. Um número cada vez maior de mulheres está tendo atitudes empreendedoras na gestão dos negócios ou de suas carreiras. Segundo dados do Sebrae, existem cerca de 9,3 milhões de empreendedoras no Brasil, o que corresponde a 34% dos donos de um negócio no país.
Porém, apesar dessa evolução, o cenário ainda está aquém do potencial de contribuição das mulheres para os negócios e para a economia. Muitas delas têm medo de dar o primeiro passo para empreender.
Somente no Brasil, segundo levantamento feito pelo Aladas, Movimento que criou uma plataforma de cursos de soft e hard skills voltada para o público feminino que quer abrir ou gerir um negócio, 24 milhões de mulheres têm o desejo de empreender no Brasil, mas 43% não empreendem por medo de falhar.
“Muitas vezes, a saída encontrada por elas para tomar essa injeção de coragem é buscar um sócio/a para sua empreitada, o que nem sempre é o melhor caminho”, alerta Daniela Graicar, fundadora do Aladas.
. Outros caminhos – Além disso, Daniela destaca que é importante analisar cada uma das alternativas. “Existem muitas formas de se obter recursos financeiros e boas pessoas ao seu lado, sem necessariamente formalizar uma sociedade e diluir a participação no próprio negócio”.
A segurança e o apoio podem vir de uma rede de empreendedores, conselheiros ou mentores, que se dedicam em ajudar mulheres empreendedoras a perder seus medos, tomar as melhores decisões e expandir os próprios negócios.
A grande questão é que muitas delas acham que acessar bons mentores é algo inacessível, ter um conselho consultivo é somente para grandes empresas e desconhecem as redes de apoio existentes para mulheres empreendedoras.
O Movimento Aladas atua em três grandes frentes: Capacitação, oferecendo conteúdo diário e cursos de soft e de hard skills, Comunidade, com uma plataforma de mentoria para mulheres (MentorEla) e Conteúdo, organizando workshops in-company, treinamentos e gerando conteúdo multiplataforma sobre liderança feminina e os obstáculos para o crescimento profissional da mulher.
E se eu quiser mesmo um sócio? Se a opção for realmente trazer um sócio para o negócio, a empreendedora deve se preparar para escolher o/a melhor parceiro/a para essa nova viagem. Para conseguir traçar o perfil deles, confira 10 perguntas que devem ser feitas para ajudar a escolhê-lo:
- – Quais são suas prioridades pessoais? – É importante entender qual é o peso dos negócios, da família, do bem-estar, dos hobbies e dos amigos em sua vida para conhecer um pouco mais o seu perfil.
- – Quanto tempo por semana você está disposto/a a se dedicar ao negócio? Ele ou ela terá dedicação integral ou será apenas investidor/a? Isso também é uma constatação importante para saber se este sócio estará alinhado aos seus propósitos e expectativas.
- – O que você espera construir com a nossa empresa? – O que ele espera desse novo movimento, ao ingressar a jornada? Ele quer somente aumentar sua renda? Quer investir em um negócio com propósito? Ou de impacto? Quer vender depois?
- – Do que você está abrindo mão para estar à frente dessa empresa? Está confortável com isso? – Muitas vezes, o potencial sócio está abrindo mão de um emprego fixo, de algum bem ou de dinheiro investido para embarcar nessa sociedade. Por isso, é importante entender se ele estará bem-resolvido com isso. Se sim, por quanto tempo?
- – Até quanto e quando você está disposto a investir no negócio? – Caso precisemos aportar capital, quem aporta como isso se refere na composição societária? Ter um sócio não envolve simplesmente assinar um contrato. É preciso ter esse entendimento sobre quais são os planos do capital a ser investido, de onde virão os recursos e como isso será administrado entre os sócios.
- – Quanto você precisaria retirar por mês? Qual o formato dessa retirada? Antecipação de dividendos ou pró-labore? – Dependendo do formato que ele escolher, terá impactos diferentes para a empresa e seu caixa.
- – Como você pretende captar recursos? Empréstimos em bancos, investidor anjo ou venture capital? – Estamos dispostos a nos diluir para a entrada de um sócio investidor? Temos garantias para reduzir os custos de empréstimos? Até que ponto vamos assumir riscos? Qual a hora de parar de investir?
8 – Você já teve alguma sociedade antes? Se sim, por que ela terminou? Você já sofreu algum processo trabalhista? – Buscar esse tipo de informação ajuda a entender a experiência da pessoa em sociedades, ou seja, o quão disposta, receosa, calejada, corajosa ou traumatizada a pessoa está.
- – De quem será a última palavra caso tenhamos opiniões diferentes? – Nem todo mundo pensa igual e um novo negócio requer velocidade na gestão. Por mais que os sócios tenham 50%, às vezes é necessário decidir quem tem a palavra final, podem ser respostas diferentes para cada assunto da empresa, como financeiro, comercial, marketing, entre outros.
10 . – Quais serão as participações acionárias dos fundadores? – Às vezes você quer um sócio que entre para dividir o negócio em partes iguais e ele só quer ter 1%. Às vezes você acha que ele quer 10% e ele tem certeza que você está oferecendo 90%. Precisa haver alinhamento sobre isso desde o início e já perguntar qual a ambição da pessoa para o futuro em equity. – Fonte e outras informações, acesse: (https://www.aladas.com.br/).