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Valorização da memória de ex-combatentes da 2ª Guerra

em Política
quinta-feira, 21 de novembro de 2019

O professor Vinicius Mariano na audiência conduzida pelo senador Antonio Anastasia. Foto: Marcos Oliveira/Ag.Senado

Em audiência pública na Comissão de Relações Exteriores do Senado, o professor Vinicius Mariano de Carvalho, do King’s College de Londres, defendeu uma maior valorização dos ex-combatentes brasileiros que atuaram na 2ª Guerra Mundial. O especialista da universidade britânica falou sobre a importância dos monumentos de guerra e, em especial, do Monumento Votivo Militar Brasileiro, localizado na cidade de Pistoia, na Itália.

“A memória é um instrumento da diplomacia porque nos ajuda a pontuar o presente e o futuro com base em relações passadas. E diplomacia é feita disso. Esses soldados que escreveram parte da história continuam sendo atores nesses memoriais e cemitérios, mesmo depois de mortos há tanto tempo”, afirmou.

Na opinião do pesquisador, as escolas do Brasil nunca deram a devida atenção aos brasileiros que lutaram no maior conflito bélico do século 20, pois o tema é pouco discutido no ambiente escolar.
“A gente nunca tratou da FEB nas nossas escolas e, para mim, foi uma grande surpresa descobrir quantos soldados foram para a Europa lutar e quantos deram sua vida pelo país e pela causa. São dados por vezes esquecidos, mas muito relevantes”, opinou.

A FEB chegou a ter um efetivo total de pouco mais de 25 mil homens, que durante sete meses estiveram em campos de batalha em solo italiano. Quase 3 mil ficaram feridos e 467 morreram em combate. O professor lembrou que o Monumento de Pistoia foi criado em 1945. Em 1960, com a construção do Monumento aos Pracinhas no Rio de Janeiro, o governo decidiu trazer para o Brasil os restos mortais dos soldados lá enterrados. Seis anos depois, o terreno foi cedido para a construção de um memorial que marcasse a presença verde-amarela na Itália
(Ag.Senado).