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Política 24/09/2019

em Política
segunda-feira, 23 de setembro de 2019
Criticas temporario

Pauta do Senado tem reforma da Previdência e Pacto Federativo

O Plenário do Senado deve votar hoje (24), em primeiro turno, a proposta da reforma da Previdência. Antes, a CCJ deve votar o relatório do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), com a análise das 77 emendas apresentadas à proposta em Plenário.

Nas emendas “não se identificaram novos temas em relação às conclusões de seu parecer anterior”. Foto: Roque de Sá/Ag.Senado

O Plenário do Senado deve votar hoje (24), em primeiro turno, a proposta da reforma da Previdência. Antes, a CCJ deve votar o relatório do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), com a análise das 77 emendas apresentadas à proposta em Plenário. O relator acatou apenas uma emenda supressiva, para não prejudicar o acesso à aposentadoria integral de quem recebe vantagens variáveis vinculadas a desempenho no serviço público.

Segundo o relator, nas emendas “não se identificaram novos temas em relação ao deliberado anteriormente na CCJ, e em relação às conclusões de seu parecer anterior”. Ainda assim, senadores como Paulo Paim (PT-RS)  e Eliziane Gama (Cidadania-MA) já declararam que vão tentar aprovar destaques ao texto durante a discussão no Plenário.

Outra proposta que pode ser votada em primeiro turno é a que inclui a mobilidade e a acessibilidade entre os direitos e garantias fundamentais. Também continuam na pauta dois projetos: o que autoriza o uso de garantia solidária por microempresas que precisam tomar empréstimos financeiros, e o que permite a baixa gratuita e automática do registro de pequenas empresas que estejam sem atividade há mais de três anos.

Também está na pauta de votações a proposta do senador Veneziano Vital do Rêgo (PSB-PB), ainda pendente de parecer da CCJ. O texto revoga a isenção de ICMS na exportação de produtos não industrializados e semi-elaborados. Para o autor do texto, suprimir a desoneração do ICMS prevista na Lei Kandir com uma Emenda constitucional é a única forma de preservar a autonomia federativa dos estados.

Outra proposta que está na pauta pode acabar com a competência da União de legislar privativamente sobre assuntos como trânsito, transporte, licitação e contratação. Permite aos estados legislar de forma concorrente sobre esses temas. Feita pelas assembleias legislativas, a proposta amplia a competência legislativa estadual também para instituir normas sobre organização, efetivos, material bélico, garantias, convocação e mobilização das polícias militares e corpos de bombeiros militares (Ag.Senado).

Brasil atuou “de forma construtiva” na Cúpula do Clima

Ministro das das Relações Exteriores, Ernesto Araújo. Foto: Marcos Corrêa/PR

Agência Brasil

O Ministério das Relações Exteriores informou ontem (23) que participou de forma construtiva do processo preparatório da Cúpula de Ação Climática, que ocorre paralelamente à 74ª Assembleia Geral da ONU, em Nova York. O evento começou no sábado (21) com a Cúpula da Juventude pelo Clima, e terminou ontem, com a participação de líderes mundiais.

“O governo brasileiro está plenamente comprometido com o cumprimento de seus compromissos internacionais na área ambiental”, diz a nota do Itamaraty, segundo o qual, nos meses que antecederam o evento, foram formadas nove coalizões temáticas, uma delas dedicada a Infraestrutura, Cidades e Ação Local, da qual o Brasil participou.

Em parceria com o Quênia e o programa ONU-Habitat, o Brasil apresentou uma proposta de ações sobre aprimoramento da resiliência de grupos urbanos vulneráveis. Além disso, na coalizão sobre Transição Energética, o governo propôs a promoção de biocombustíveis no setor de transportes, baseada na experiência brasileira com o Programa Renovabio.

A Cúpula de Ação Climática é uma iniciativa do Secretário-Geral da ONU, António Guterres, que disse esperar que ao fim do encontro seja feito o anúncio de ações concretas contra o aumento das temperaturas. A abertura do evento contou com a participação de jovens ativistas que têm impulsionado a luta contra o aquecimento global, entre eles, a ativista sueca Greta Thunberg, de 16 anos, que se destacou em protestos na Europa.

Senado vai questionar no Supremo operação da PF em gabinete

O presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre, avisou que a Mesa do Senado vai questionar, no STF, a operação da Polícia Federal que cumpriu mandados de busca e apreensão no gabinete do senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), líder do governo Bolsonaro no Senado.

“Eu acho que uma operação da Polícia Federal com essas características, e diante de tudo que o Senado tem feito, com certeza é a diminuição do Senado, e eu não vou deixar que isso aconteça. O Senado é uma instituição forte e respeita todas as outras e vai continuar dialogando e conversando, mas, dentro das minhas atribuições, eu vou fazer o que deve ser feito”, afirmou.

Advogados do Senado estão estudando qual figura jurídica usar para fazer tal questionamento. O presidente do Senado acrescentou que a Operação Desintegração da PF investiga acontecimentos ocorridos entre 2012 e 2014, época em que Fernando Bezerra não era senador nem líder do governo. Disse ainda que a operação não teve concordância da PGR (Ag.Senado).

Augusto Aras será sabatinado pela CCJ amanhã

A sabatina de Antônio Augusto Brandão de Aras, indicado para o cargo de procurador-geral da República, está marcada para amanhã (25), na Comissão de Constituição e Justiça do Senado. Caso a indicação do sub-procurador seja aprovada, seguirá para análise em Plenário. A gestão do procurador-geral tem duração de dois anos, sendo permitida a recondução.

A indicação de Augusto Aras quebrou uma tradição seguida desde 2003, segundo a qual o nome é escolhido pelo presidente da República a partir de uma lista com os três mais votados em seleção interna dos procuradores. O presidente da República, Jair Bolsonaro, decidiu indicar um nome fora da lista tríplice, definida pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR).

Relator da matéria na CCJ, o senador Eduardo Braga (MDB-AM) destaca que o indicado declarou ser sócio do escritório de advocacia Aras e Advogados Associados. Tal fato é permitido pelo direito brasileiro, já que Aras ingressou no MPF antes da promulgação da Constituição de 1988. No entanto, para ocupar o cargo e durante o período do mandato, deverá licenciar-se do exercício da advocacia e da sociedade, compromisso que foi reafirmado por Aras em carta dirigida ao relator.

Aras nasceu em Salvador em 4 de dezembro de 1958. Foi admitido por concurso público como professor da Faculdade de Direito da UFBA, onde lecionou por 18 anos. Atualmente é professor da UnB, onde leciona as disciplinas de direito eleitoral e direito empresarial, e da Escola Superior do Ministério Público da União. Ingressou no MPF por concurso público, tendo tomado posse em 1987, no cargo de procurador. Em 1993, foi promovido a procurador regional e, desde 2011, é subprocurador-geral da República (Ag.Senado).

Local para pagamento da fatura de cartão emitido por lojas

Senadora Kátia Abreu acredita que obrigação de retorno à loja para pagamento do cartão é indevida. Foto: Edilson Rodrigues/Ag.Senado

A Comissão de Fiscalização e Controle do Senado analisa, hoje (24), proposta para inibir a imposição, pelas lojas de departamento, do pagamento da fatura de cartões de sua própria emissão unicamente em guichê dentro do estabelecimento. O projeto é da senadora Kátia Abreu (PDT-TO).

Segundo Kátia, as lojas de departamento concedem descontos diferenciados e vantagens para quem opta pelo uso de seus cartões, mas, em contrapartida, exigem que o pagamento da fatura seja feito somente no estabelecimento, obrigando o cliente a retornar à loja. Para a senadora, a obrigação é um fator que o induz a fazer novas compras. Pelo texto, passa a ser abusiva a cláusula com essa imposição.

“A nosso ver, o consumidor deve ter o direito de pagar a fatura pelo meio que lhe for mais conveniente, podendo fazê-lo no estabelecimento do fornecedor, no banco, na loja lotérica ou por qualquer outra modalidade”, defendeu Kátia. Para o relator, senador Renan Calheiros (MDB-AL), o projeto merece aprovação, pois protege o consumidor sem impor obrigações excessivas às lojas e elimina uma obrigação descabida aos clientes.

“Trata-se de proposição branda e equilibrada, que não prejudicará a atividade econômica. O mínimo que deve ser exigido do fornecedor é não dificultar a vida do consumidor. A proposição, ressalte-se, não está impondo qualquer medida desproporcional ou de difícil cumprimento”, defendeu (Ag.Senado).

Decreto aprimora regras de pregões eletrônicos

Agência Brasil

Órgãos, entidades e fornecedores participantes das compras públicas do governo federal terão, a partir de 28 de outubro, novas regras para a realização de pregões na forma eletrônica. Decreto publicado ontem (23), no DOU, aprimora as regras sobre disputa e envio de lances e prevê a obrigatoriedade do uso do pregão eletrônico a estados e municípios que recebam recursos por meio das transferências voluntárias da União.

O pregão na modalidade eletrônica foi utilizado pelo governo federal em 99,71% das licitações realizadas no ano passado. Dos R$ 47,7 bilhões das compras realizadas, as aquisições via pregão, presencial e eletrônico corresponderam a R$ 19,1 bilhões, representando 40,16% das aquisições nessa modalidade de licitação. O decreto estabelece que o gestor poderá escolher duas formas. Na disputa aberta, já existente nas regras atuais, a novidade é a previsão de valor ou percentual mínimo de redução entre os lances.

Outra alteração nas licitações é na duração do tempo de disputa: tempo fixo de 10 minutos para todos enviarem lances sucessivos e uma etapa seguinte de prorrogações sucessivas de até 2 minutos de duração, cada vez que houver novos lances. No modo aberto e fechado, além do tempo fixo para apresentação das propostas na etapa aberta, na fase fechada participam os fornecedores que apresentarem o menor valor e os que enviaram lances até 10% maior do que a proposta de menor valor.

Outra vantagem é o combate a práticas de envio automático de lances por meio de programas de inteligência artificial, conhecidos como robôs. O decreto prevê também a utilização obrigatória do pregão eletrônico para serviços comuns de engenharia, implementando prática já adotada atualmente por órgãos e entidades do Executivo. As novas regras determinam também que os avisos de edital deverão ser publicados no DOU e nos sítios eletrônicos do órgão responsável pela licitação.