Câmara vota PEC dos Gastos Públicos nesta segunda-feira
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, confirmou para segunda-feira (10) a votação em Plenário da proposta que prevê um teto para os gastos públicos da União pelos próximos 20 anos, bem como a votação do projeto que altera a Lei de Repatriação de Recursos “Na repatriação, há uma articulação de muitos partidos, inclusive da oposição, que pode gerar uma votação com mais tranquilidade”, disse. O projeto, que tem como objetivo estimular mais contribuintes a regularizarem recursos mantidos no exterior, teve a urgência aprovada. Ao defender a votação da PEC 241, Maia afirmou que “o reequilíbrio das contas garante a retomada do crescimento, a redução do desemprego e a queda da taxa de juros para o cidadão comum. Pela primeira vez o governo vai organizar as contas públicas. O governo federal vive com 20% das riquezas do País; isso é muito”, disse ao destacar que “pela primeira vez, um governo não faz o fácil, que é aumentar impostos”. Conforme o presidente, o reequilíbrio das contas é a garantia de investimentos no setor público e também no setor privado. “A não organização das contas levaria o Brasil à insolvência”, apontou. Maia rechaçou os argumentos dos opositores. “Essa conta de que saúde perde R$ 400 bilhões em 20 anos; educação perde tantos bilhões é uma falácia, é uma mentira. Eu quero que alguém me prove que algum economista sério neste País projetou, sem reequilíbrio das contas, investimento em qualquer área”. Ele estima que, sem a votação da proposta, a inflação vai crescer e quem vai perder mais será o trabalhador mais pobre. Segundo Maia, seria mais fácil para o presidente Temer apresentar a recriação da CPMF, que “daria algum conforto em curto prazo às contas públicas”. Mas, para Maia, a médio e longo prazo, as contas sairiam novamente de controle. O presidente da Câmara comentou ainda a decisão do STF de manter entendimento que permite a possibilidade de prisão após uma condenação por colegiado de segunda instância. “É uma decisão que coloca um marco e vai gerar uma sinalização importante que haverá de fato punição dura e breve para aqueles que cometeram ou cometerão ilícitos”, afirmou (Ag.Câmara). |
O grande ‘derrotado das eleições’ foi o PTO grande derrotado das eleições municipais de 2016 é o Partido dos Trabalhadores. A avaliação é do senador José Medeiros (PSD-MT). Na sua opinião, a “cantilena de golpe” que os aliados da ex-presidente Dilma Rousseff “soltaram mundo afora” após o impeachment, e até prejudicou a imagem do Brasil no exterior, voltou-se contra os próprios petistas. “O brasileiro foi às urnas e com um golpe certeiro, implacável, de samurai com a katana, praticamente extirpou o PT da política brasileira. Resta aos poucos que ficaram fazer uma autocrítica e, quem sabe, se reconstruir – avaliou. Segundo Medeiros, o PT foi derrotado por sua conduta, suas ações discutíveis e que frustraram seu eleitorado e a maior parte dos cidadãos do país. A população percebeu, na avaliação do senador, o “discurso da mentira” do ex-governo: de acusar o outro pelo que eles próprios faziam, e de colocar ricos contra pobres, sempre criticando as elites, da qual fazem parte. O senador disse que os petistas, pegos em atos de corrupção uma vez no poder, fizeram o pior tipo de capitalismo: injetaram dinheiro público nos negócios dos amigos, que vandalizaram a concorrência. “Eles se refestelaram com os ricos, chamaram para a alcova, durante 13 anos. Esse é o retrato do por que, nessas eleições, o eleitor foi lá e disse chega. É a mais plena demonstração do amadurecimento da nossa democracia”, analisou (Ag.Senado). Aposentadoria especial para quem trabalhar sob ruídoTramita na Câmara proposta que concede aposentadoria especial ao empregado submetido à exposição de ruído acima dos limites legais, mesmo que utilize equipamento de proteção individual. A medida está prevista no projeto do deputado Cleber Verde (PRB-MA), que inclui um parágrafo na Lei de Benefícios da Previdência Social. A aposentadoria especial é concedida ao empregado que trabalhou em condições prejudiciais à saúde ou à integridade física durante 15, 20 ou 25 anos, conforme dispuser a lei. Para ter direito ao benefício, o empregado precisa comprovar a exposição a agentes nocivos por meio de laudo técnico elaborado por médico do trabalho ou engenheiro de segurança do trabalho. Cleber defende a aposentadoria especial para os trabalhadores sujeitos a ruídos altos com o argumento de que, mesmo com equipamento de proteção auricular, a potência do som causa danos ao organismo que vão além daqueles relacionados à perda das funções auditivas. “O nível de 70 decibéis, tido como inicial do desgaste do organismo, também pode ocasionar disfunções cardiovasculares e psicológicas. Portanto, o equipamento para proteção auricular não é totalmente eficaz, de modo que o empregado continuará exposto ao agente nocivo prejudicial à sua saúde”, explica Verde. Por esse motivo, continua o deputado, se ao requerer sua aposentadoria especial o empregado se sentir prejudicado, deverá recorrer à Justiça e solicitar uma perícia judicial no ambiente de trabalho. O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Trabalho; de Seguridade Social; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça (Ag.Câmara). | Perspectivas de exportações para a Ásia são comemoradasO senador Cidinho Santos (PR-MT) comemorou as boas perspectivas para as exportações de produtos brasileiros para a Ásia. As novas possibilidades se abriram depois da visita oficial do governo a vários países asiáticos em setembro. O senador fez parte da comitiva do ministro da Agricultura, Blairo Maggi e destacou a extensão do mercado asiático, que representa uma oportunidade para o Brasil. A área com mais avanços, relatou, é a de produtos de origem animal. A viagem gerou entendimentos, compromissos e intenção de adequar a legislação entre países à exportação de produtos brasileiros como carne bovina, suína e de aves, produtos lácteos e ovos. “Iniciou-se um novo ciclo para as exportações brasileiras do agro negócio aos países visitados. Foram ampliadas oportunidades de comércio e investimentos em vários setores do agronegócio. O Ministério da Agricultura estima em mais de um bilhão de dólares os resultados mais diretos na missão, entre negócios, oportunidade de investimento e abertura de mercados – disse o senador. Cidinho Santos disse que a missão também colocou em evidência a qualidade da produção brasileira, que reúne tecnologia, qualidade dos produtos e sustentabilidade ambiental. O Brasil, ressaltou o senador, é um exemplo para o resto do mundo (Ag.Senado). Regras mais simples para fabricação artesanal de embutidosA Comissão de Agricultura da Câmara aprovou proposta que simplifica as regras usadas na inspeção sanitária de alimentos embutidos, como linguiças e salsichas, feitos em pequenas agroindústrias artesanais. Foi aprovado o projeto do deputado Evair Vieira de Melo (PV-ES), cujo texto determina que se os alimentos embutidos já tiverem sido inspecionados por um órgão estadual ou municipal de vigilância sanitária que siga a regulamentação federal, não há necessidade de nova fiscalização durante o comércio interestadual. O projeto também obriga o governo federal a criar uma regulamentação simplificada e desburocratizada para a inspeção industrial e sanitária de pequenas agroindústrias artesanais de produtos embutidos de origem animal. Relator na comissão, o deputado Nelson Meurer (PP-PR) concordou com a justificativa de Melo para o projeto. “A simplificação da inspeção sanitária de embutidos artesanais e a facilitação do comércio interestadual será um importante incentivo para a regularização das agroindústrias já em atividade e para a instalação de novos empreendimentos, que gerarão mais renda e empregos”, disse, ao recomendar a aprovação do projeto. O decreto que regulamentou a lei, determinou que os estabelecimentos precisam seguir o Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal. O regulamento estabelece pontos para fiscalização como o exame “ante e post-mortem” dos animais de açougue; e os exames tecnológicos, microbiológicos, histológicos e químicos das matérias primas e produtos, quando for o caso. A proposta tramita em caráter conclusivo e será ainda analisada pela Comissão de Constituição e Justiça (Ag.Câmara). Ajuste fiscal e a reforma do ensinoO senador José Medeiros (PSD-MT) afirmou que o Brasil enfrenta agora o difícil dilema: ajudar os estados que estão quebrados e, ao mesmo tempo, fazer o ajuste fiscal para equilibrar as contas. Segundo o senador, esse ajuste é necessário para mostrar que o país pode administrar sua economia e dar segurança aos empresários para investir no país plenamente. Isso vai permitir a criação dos empregos de que o país necessita, observou o senador. José Medeiros disse que o Brasil também precisa fazer, com urgência, a reforma do ensino para garantir uma boa formação aos cidadãos. Ele também rebateu opositores das mudanças no ensino médio anunciadas pelo governo Temer, que argumentam que o assunto tem que ser debatido por mais tempo. “Hoje, nem o professor está feliz, o aluno muito menos. Como é que vamos produzir conhecimento se não temos sistema de ensino que estimule, que motive? Não podemos fazer a reforma porque temos que debater. Debater até quando? Então, estas reformas todas temos de fazê-las imediatamente, porque não temos mais tempo. E se insurgir contra elas não é uma política correta. O melhor é entrarmos para dentro do debate e tentarmos melhorá-la”, afirmou Medeiros (Ag.Senado). |