O presidente Jair Bolsonaro disse ontem (3) que o ataque feito pelos Estados Unidos a um comboio no Iraque, que resultou na morte do comandante de alto escalão da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã, deverá impactar no preço dos combustíveis no Brasil. Ele descartou a possibilidade de tabelar o preço do produto para controlar impactos e disse que vai discutir o assunto com a equipe econômica e com o chefe do Gabinete de Segurança Institucional.
O ataque norte-americano nas proximidades do Aeroporto de Bagdá pode acirrar o clima de tensão e provocar reflexos em todo o mundo. Apesar de admitir a preocupação com reflexos da crise internacional sobre a economia do país, o governo não pretende intervir em políticas de preços como o tabelamento.
“Que vai impactar, vai. Agora vamos ver nosso limite aqui, porque já está alto, e se subir mais, complica. Mas não posso tabelar nada. Já fizemos esse tipo de política de tabelamento antes e não deu certo. Vou agora conversar com quem entende do assunto”, completou o presidente Jair Bolsonaro ao voltar a defender a quebra do monopólio da Petrobras como uma alternativa para baratear os combustíveis.
“Temos de quebrar o monopólio. A distribuição é ainda o que mais pesa no preço, e depois o ICMS, que é um imposto estadual”, acrescentou ao ressaltar que o Brasil já chegou ao limite no que se refere a cobrança de impostos. “No ano passado pagamos por dia mais de R$1 bilhão em juros. Foram R$ 400 bilhões por ano. A Europa foi reconstruída, pós 2ª guerra mundial, com um montante desse. Então, por ano, pagamos uma reconstrução da Europa”. Ainda lembrou que a queda da Selic para 4,5% ao ano resultou em uma economia de R$ 110 bilhões no corrente ano (Abr).