Muito já se falou em motivação, comprometimento, engajamento… mas nos últimos tempos, parece que “resiliência” é a bola da vez
A palavra vem da física e, depois de processada pela psicologia, passou a significar a capacidade de enfrentar crises e saber lidar com pressões, desafios e adversidades, transformando experiências negativas em aprendizado e oportunidades de mudança, ou seja, significa aprender com as dificuldades.
Não é ser firme como um carvalho, não é resistir às mudanças. É ser como um cipreste, que sabe vergar-se ao vento e retornar ao estado anterior assim que a ventania passa.
Pesquisas nos contam que atualmente mais de 80% dos profissionais brasileiros apresentam sintomas como dores musculares, angústia, momentos de agressividade e problemas gastrointestinais, sendo que uma boa parte recorre ou recorreu a apoio medicamentoso como forma de abrandar a ansiedade.
Parece que a maioria de nós está precisando reforço para não sucumbir aos terremotos! A boa notícia é que desenvolvendo nossa capacidade de resiliência a ansiedade tende a baixar, sem a necessidade de medicamentos!
Algumas pessoas, quando se encontram em situação de pressão, simplesmente respiram fundo ou vão dar uma voltinha e pronto: recuperam o ponto de equilíbrio e elevam o nível de resiliência. Outras, necessitam aprendizado destas técnicas.
Rubia Pompêo
Sócia-Diretora da WE-Assessoria, é Consultora Organizacional, Psicóloga Clínica e Psicodramatista. [email protected]
O autoconhecimento é fundamental: quanto mais sabemos das nossas possíveis reações e mais assumimos nossa parte de responsabilidade sobre os fatos, menos atuamos como vítimas das situações e mais conseguimos enxergar o lado positivo que todas as situações apresentam. Ao encararmos as dificuldades como desafios não agimos impulsivamente, como o homem das cavernas que foge ou agride e se arrepende depois. Quantas vezes já vimos pedidos de demissão enraivecidos, reuniões desagradáveis desmarcadas, discussões improdutivas e emocionais?
Buscar apoio social é outra referência neste processo: rodear-se de amigos e família, ter um projeto de vida, abraçar uma causa que lhe traga sentido, dignidade e motivação.
E, ainda, ativar uma conexão espiritual, independentemente da escolha de uma religião. Esta conexão influencia os modos de enfrentar as adversidades e nos faz acreditar que é possível novas construções. A crença em algo superior nos dá a sensação de que há algo ou alguém com quem se pode contar, propicia a compreensão do que está acontecendo, constitui uma força que transcende limites, sustenta, conforta, apoia e protege, traz energia e favorece a superação.
Em resumo, a resiliência apoia-se num tripé:
(a) promover o autoconhecimento
(b) estimular a vida social;
(c) ativar a espiritualidade.
Participar de treinamentos focados em mudanças de comportamentos, solicitar apoio e feedback de pessoas que você respeita ou buscar auxílio psicológico, são algumas das alternativas de ajuda possíveis para o desenvolvimento da resiliência.
Se necessitar desenvolvimento, busque!
Não se permita ser mais um protagonista de “Um dia de Fúria”!
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Rebeca Toyama
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Coordenação: Lilian Mancuso e Rebeca Toyama