Atuando como coach atendo com certa frequência pessoas descontentes com seus contextos de vida e comumente buscando receitas mágicas ou respostas externas para resolver seus problemas
E durante o processo de coaching costumo aplicar uma atividade chamada Árvore da Vida, nela passamos pelas raízes que na metáfora representam os valores pessoais, que como raízes de uma árvore, são responsáveis por nutrir o tronco, que na metáfora representa os talentos das pessoas. E, que cabe a ele nutrir os galhos que são as áreas da vida. Nessa parte da metáfora é importante refletirmos como estamos organizando nossa vida e, principalmente, o que queremos de cada área, ou seja, que fruto desejamos de cada galho. Por último, mas tão importante quanto cada etapa anterior, temos o solo, que não é árvore, mas sem ele, ela não existiria. Nessa etapa o assunto é suporte e nutrição, funções primordiais do solo, e de nossas relações, o solo nos inspira a olhar para pessoas e organizações que podem colaborar com nossos objetivos, os frutos.
Rebeca Toyama “Diretora da GFAI Coaching, fundadora da Academia de Coaching Integrativo, palestrante e coach com certificação internacional em Positive Psychology Coaching e formação nacional em Coaching Ontológico e Personal Coaching com o Jogo da Transformação pelo método Self-Empowerment. |
Como uma boa profissional de Coaching, gostaria de propor algumas reflexões sobre:
Raízes: você já parou para pensar quais são seus valores e o quanto eles estão presentes na sua vida? A felicidade de um indivíduo está intrinsicamente ligada à presença dos valores em seu cotidiano, da mesma forma que os momentos de desconfortos estão diretamente ligados a ausência deles.
Tronco: você reconhece seus talentos e tem consciência de como os têm usado? Atividades relacionadas aos nossos talentos não demandam esforço e costumam ser prazerosas. Quando alguma atividade ou tarefa demanda esforço, provavelmente, não depende de um talento, mas sim de alguma competência aprendida ou a ser aprendida.
Solo: a quem ou aonde você costuma recorrer quando precisa de ajuda? Ou qual tipo de colaboração você precisa para atingir seus objetivos? Nesta etapa o convite é analisar a capacidade de se buscar alguma contribuição quando necessário.
Galhos: como você divide sua vida? Como tem distribuído suas 24 horas diárias ou seus 7 dias da semana? Reconhecemos a importância das diferentes áreas da vida ou o quanto estamos nos dedicando a cada uma delas, ou ainda, o que delas esperamos.
Frutos: o que você deseja realizar em cada área de sua vida até os 60 anos? Aqui entendemos a importância de distinguir o que é resultado e o que é meio. Mestrado, talvez não seja resultado, mas sim meio para se atingir algum objetivo. E quando se tem consciência disso, talvez se encontre outros caminhos mais adequados para se conseguir o resultado.
Depois costumo pedir que o cliente dê uma nota para cada raiz, troco, solo e galho e junto analisamos causas e consequências, e de uma forma leve concluímos que os resultados obtidos na vida, nada mais são do que consequências da forma de como respeitamos os valores, aplicamos os talentos e nos relacionamos com pessoas e organizações que nos cercam. E então, a tão sonhada receita mágica é criada baseada em ingredientes únicos e exclusivos, portanto, pessoal e intransferível.
Para finalizar costumo comentar que vale fazer promessa, rezar, meditar, frequentar templos e igrejas, só não vale deixar de fazer sua parte para ser feliz…