Parar ou Seguir?

em Norberto Chadad
terça-feira, 03 de junho de 2014
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Ao atingir um estágio de vida, uma idade conflitante com a geração seguinte, um eventual cansaço das atividades exercidas há muitos anos, vem à tona uma tomada de decisão: parar ou seguir?

Os recursos médicos disponíveis hoje permitem a todos uma longevidade nunca antes sequer sonhada. Encontram-se no comando de empresas, com frequência cada vez maior, executivos que ultrapassaram a barreira dos 90 anos. E a vitalidade, a energia, a experiência que conseguem transmitir são realmente invejáveis.

Então, por que deixar de lado o desafio, a atividade plena, o convívio com o meio corporativo, o cansaço “saudável” que nos assola ao final de uma semana, mas que nos revigora ao sabermos que logo mais estaremos novamente em atividade?
As férias são infinitamente melhor aproveitadas quando sabemos que após elas, voltaremos às atividades revigorados, dispostos a vencer os obstáculos que sem dúvida cruzarão nossos caminhos.

Trabalho é vida, é satisfação pessoal, é o pleno acesso à realização de nossos sonhos, é a melhoria do convívio familiar e afetivo, é olhar-se no espelho com o orgulho de ser útil à si, à sua família, à sociedade.

Trabalhar é a obrigatoriedade de estar atualizado, ser aberto às inovações, conviver com pessoas que sempre, por menos que possam, nos ensinam algo.

Norberto Chadad
CEO da Thomas Case, engenheiro pela Universidade Mackenzie, pós-graduado pela Escola Politécnica e tem “Paixão por pessoas”.

Fernando Botero o grande pintor colombiano de 81 anos (famoso por pintar figuras femininas “cheinhas”) disse uma frase que me serve de alento a cada dia: “A única desgraça que poderia me acontecer seria uma doença que me impedisse de trabalhar”.

Portanto, está clara a minha opinião sobre “parar ou seguir”: SEGUIR sempre, com vontade, com energia e porque não, em qualquer idade ou situação, sempre com muita ambição. Não é verdade dizer “eu tenho tudo e não preciso trabalhar”. O que é “tudo”? Uma vida vazia, sem desafios, sem o convívio diário com pessoas (nossa paixão), sem dúvida não é ter tudo.

Felizes aqueles que mantêm uma atividade profissional saudável e permanente, tendo paixão pelo que fazem. Esta é a locomotiva que nos impulsiona e nos dá alegria de viver: o exercício intelectual, mais do que o exercício físico, nos garante velocidade de raciocínio, memória privilegiada, atualização constante. Na contramão destes valores está a ociosidade, incompatível com a saúde e a felicidade.

Termino este artigo com uma frase de Voltaire que considero primorosa e sintetiza minha opinião sobre o assunto: “Quanto mais velhos ficamos, mais precisamos ter o que fazer, pois mais vale morrer do que arrastarmos na ociosidade uma velhice insípida: trabalhar é viver”.

Então, parar ou seguir? Se parar, onde parar? E se seguir, seguir para aonde? Compartilhe suas reflexões conosco: [email protected].
Rebeca Toyama

 

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