Falar de sustentabilidade nos dias de hoje virou coisa corriqueira, muitas vezes um jargão que empresas, pessoas e organizações adotam para rotular um “outro” jeito de fazer as coisas, operacionalizar processos ou repaginar-se via ações de marketing
É quase como pegar uma bijuteria, dar um banho de ouro e querer vendê-la como ouro. Sabemos que bijuterias banhadas a ouro têm uma aparência bonita, brilhante e reluzente, e podem ser até confundidas com ouro, entretanto com o passar do tempo vão descascar, perder o brilho e talvez oxidar. Revelar-se-ão como são: semipreciosas, imitações ou plágio.
Tenho observado no meu dia-a-dia ações que se assemelham muito mais com bijuteria do que com joias raras, bonitas e preciosas.
Escolhas e ações realmente sustentáveis trazem em si conquistas duradouras e saudáveis. Devem estar enraizadas em valores sólidos para que se sustentem por si só. Tais conquistas só podem ser obtidas se fizerem sentido profundo para quem as escolheu.
Passamos a maior parte de nosso tempo e de nossa vida no ambiente de trabalho ou dedicados a ele, portanto não dá para ser feliz e se realizar trabalhando apenas por dinheiro ou por sobrevivência, tem que ter algo mais. Quando digo que sustentabilidade inclui Ser Feliz é porque entendo que sustentabilidade é muito mais do que meio ambiente, economia, sociedade e cultura, ela vai além; inclui a dimensão mais profunda do Ser Humano, ligada à sua auto-realização, consequentemente à felicidade. Passa por despertar, descobrir e lapidar os potenciais latentes que habita cada Ser para que ele próprio se torne a verdadeira joia, brilhante e reluzente para dar sua contribuição ao mundo de forma única, autêntica e inspiradora.
Consultora e Coach, Mestre em Serviço Social pela PUC-SP com foco em sustentabilidade, Pós-graduanda em Psicologia Transpessoal pela Alubrat.
A busca de um sentido maior e mais profundo têm movido pessoas e aos poucos as organizações a repensarem seu papel no mundo, suas ações e seus propósitos. Algumas questões têm brotado em busca de resposta, tais como:
O que é auto-realização no trabalho?
Qual é a minha verdade?
Qual o papel do dinheiro em minha realização?
Qual espaço de expressão e criatividade tenho no trabalho que faço?
Como construo relações de trabalho saudáveis?
Como construo o mundo que desejo no meu dia-a-dia de trabalho?
Você já parou para se questionar sobre isso? Se não, aproveite para refletir e tenha uma excelente semana! Até nosso próximo encontro!!!
P.S. As questões elencadas ao final do artigo estão na página do Movimento Novo Olhar sobre as Relações de Trabalho, da qual a autora faz parte.
Nossa colaboradora de hoje lança um olhar integrativo sobre a sustentabilidade, que não pode ser factível se considerar apenas a dimensão material, sem antes considerar a sustentabilidade emocional das pessoas. Aguardamos seus comentários no e-mail: [email protected].
Rebeca Toyama
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