O que é cooperação?
A reação mais instantânea seria responder de maneira muito direta a essa pergunta aparentemente simples. Afinal, cooperação é ajudar alguém a fazer alguma coisa, não é verdade?
Acontece que em essência, a cooperação tem um sentido muito mais profundo, corriqueiramente esquecido nas relações que estabelecemos no nosso dia-a-dia, seja no trabalho, com a família, amigos e demais ambientes de convívio. Desde cedo, nossa sociedade nos ensina a competir. Pouco se ensina sobre cooperar.
Cooperação é muito mais do que uma atitude, é um talento natural. Ser cooperativo é estar atento ao que é necessário para trazer sucesso, oferecer suas virtudes, talentos e serviços, suprir isso na hora e local certos e então retirar-se.
As conquistas humanas são como uma cadeia de montanhas com penhascos, encostas e vales. Ansiar pela excelência na aquisição coletiva é querer alcançar o ponto mais alto. Porém, o esforço requer que cada alpinista esteja equipado com habilidades, conhecimento e força de vontade. No entanto, nenhuma escalada deveria ser empreendida sem o item mais importante: a corda de segurança da cooperação. Ela provê o meio para que cada alpinista dê um passo e para que, coletivamente, os alpinistas atinjam o pico.
Marina M. Mendes
Consultora e Coach, Mestre em Serviço Social pela PUC-SP com foco em sustentabilidade, Pós-graduanda em Psicologia Transpessoal pela Alubrat.
E o que motiva as pessoas a cooperarem?
As pessoas têm necessidades, desejos e realidades distintos. Uma das necessidades essenciais do ser humano é sentir-se importante, valorizado. As pessoas gostam de sentirem-se importantes e tem interesse por quem se interessa de forma verdadeira por elas. As novas gerações são ótimo exemplo disso, anseiam por mais do que salários atrativos e status social, elas querem expressar seus talentos, buscam sentido no trabalho que realizam, querem viver seus valores e contribuir de forma significativa para o mundo.
A cooperação valoriza relações do tipo ganha-ganha. Este tipo de relação baseia-se no princípio de que todos os envolvidos ganham. Quando as pessoas sentem-se valorizadas, percebem que o lugar que ocupam e as contribuições que trazem fazem diferença e são apreciadas e acatadas pelos outros, sentem-se motivadas a dar mais, contribuir com seu melhor em direção a uma meta comum.
Quando indivíduos ou organizações vivem somente os seus interesses, correm o risco de ficarem sozinhos em pouco tempo. Vivemos em um mundo colaborativo e interdependente onde a cooperação é elemento fundamental nas relações humanas. Cada vez mais a competição deve ceder espaço para a cooperação.
Reflita sobre isso!
Marina nos traz o tema colaboração, um assunto importantíssimo para as empresas, porém ainda pouco explorado. Aproveite para colaborar com nossa coluna pelo e-mail: [email protected].
Rebeca Toyama
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