Customer relationship management (Gestão de Relacionamento com o Cliente), muito se fala, diversos sistemas existem com objetivo de ajudar as empresas a fazerem isso melhor
Funciona bem para alguns, falta dedicação para funcionar para outros. Mas para que serve tudo isso mesmo e como fazer seu CRM adequadamente e não mecanicamente?
Alguns acreditam piamente que um CRM só funciona quando se utiliza um software feito para isso, outros afirmam que basta ter controle dessas relações e uma planilha ou uma ficha atualizada do cliente podem resolver.
Quando penso em qualquer das possibilidades dou risada imaginando uma pessoa num evento tentando reconhecer seus clientes através dos históricos contidos em seus controles de CRM. Uma cena daquelas de filme, inclusive bem ilustrada no Diabo Veste Prada, quando Miranda (Meryl Streep) precisa de duas assistentes, Emily (Emily Blunt) e Andy (Anne Hathaway), para cumprimentar seus convidados pelo nome e sabendo de onde eles são.
Vale mesmo a pena cumprimentar as pessoas pelo nome se não há ideia de quem são?
Complexo ter as informações na ponta da língua? Pode até ser, mas a sinceridade certamente tem mais valor. Esquecer um nome é um problema? Não, quando você lembra que na última vez que se viram ela esperava um bebê, ou que ele faria uma viagem importante para o Canadá em pleno inverno.
Léia Carvalho
Fundadora da marca de moda NA MINHA CASA TEM, formada em Marketing atua na área de vendas há 11 anos e responsável pelo blog simplesmentedevaneios.blogspot.com.br
Qualidade ou quantidade é uma questão a ser revisitada, pelas empresas e pelas pessoas. Quando se tem uma carteira imensa de clientes, torna-se quase impossível saber de todos, mas que ao conhecer algum esse possa receber VERDADEIRA ATENÇÃO. Com isso novos encontros serão naturalmente abastecidos de histórico e uma relação será construída ao longo do tempo, ou no mínimo uma ótima impressão será transmitida.
Recentemente conheci um restaurante que vem sendo comentado no circuito gastronômico de São Paulo, Sainte Marie Gastronomia. Em minha primeira ida cheguei com uma turma logo na abertura do restaurante, conversamos com o chefe Stephan Kawijian, e seu sorrisão já nos encantou naquele instante. Falamos de alguns pratos e de peculiaridades que não estavam no cardápio, mas que ele gentilmente disse que providenciaria. Comi uma das melhores comidas da minha vida e saí sorrindo. Ao final do dia de trabalho dele, todas as fotos que eu havia postado de nosso almoço mágico foram curtidas por ele e, mais do que isso, foram delicadamente comentadas. E para minha surpresa ele não parou por aí…
Semanas depois, volto ao Sainte Marie, sento num cantinho discreto com uma amiga, faço meu pedido ao garçom e, enquanto esperávamos, o cheff veio falar conosco e disse o seguinte: Que bom que você voltou, aquele dia a casa estava cheia e dei pouca atenção, mas fiquei muito feliz em abrir com sua chegada, espero que hoje passe a tarde toda conosco. Ele não sabia meu nome, sabia que estive lá, quando cheguei, onde sentei… Acabou? Não acabou. Na minha primeira ida fiquei fascinada pela mousse de chocolate, comi igual criança. Nesta segunda ida, meu horário estava apertado e pedi apenas a refeição, me levantei para pagar a conta direto no balcão, quando chego lá tem uma bela colherada da mousse para mim e outra para minha amiga e ele dizendo: Não vai embora sem a sobremesa, não é?
O verdadeiro CRM está em fazer as relações com amor.
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Rebeca Toyama
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