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Por que investir em energia elétrica solar?

em Opinião
sexta-feira, 20 de julho de 2018

Danny Braz (*)

A energia elétrica solar tem ganhado cada vez mais espaço nos lares brasileiros. Além dos benefícios econômicos, há ainda muitas vantagens ambientais.

A geração de 1000MWp, suficiente para abastecer 20 mil casas, evita a emissão de 175 mil toneladas de CO2 por ano. Além disso, quanto mais investirmos em energia elétrica solar, menor será a dependência das usinas termoelétricas, que são caras e agressivas ao meio ambiente. Ou seja, há inúmeras vantagens. Segundo dados da Bloomberg New Energy Finance, os investimentos mundiais em energia solar somaram US$ 160,8 bilhões em 2017, representando um aumento de 18% em relação a 2016.

Dentre as energias renováveis, a solar é a que mais tem se destacado, representando 48% do total de energia limpa. No Brasil, o investimento em energia solar no ano passado foi de US$ 6,2 bilhões, com alta de 10% em relação a 2016. O país é um dos com maior incidência de radiação solar, o que aumenta e potencializa a geração desse tipo de energia por aqui.

1. O sistema solar fotovoltaico utiliza uma energia renovável para geração de eletricidade e tem como astro principal a mais democrática de todas a fontes de energia, o sol, que é infinito e inesgotável. O sistema é simples. Durante o dia, com a incidência da luminosidade solar, a energia é gerada por meio de placas de captação.

Aquilo que não é consumido origina um crédito junto à concessionária local. Durante a noite, o usuário utiliza a energia que vem da rede, mas como tinha créditos, não paga por ela. Se produzir mais do que consumir, fica com bônus. Na prática, o consumidor acaba pagando apenas a tarifa mínima;

2. Dá até para transferir para outras instalações, desde que seja de uma mesma concessionária. Os créditos podem ser consumidos em outro estabelecimentos, desde que sejam do mesmo CPF ou CNPJ. É possível também fazer a distribuição compartilhada em condomínios ou empreendimentos de múltiplas unidades consumidoras. Nessa configuração, a energia gerada pode ser repartida entre os condôminos em percentuais definidos pelos próprios consumidores.

Mesmo que o sistema esteja instalado num único medidor, as quotas de crédito para compensação de energia serão abatidas das contas dos participantes de forma independente, desde que a geração esteja na mesma área de propriedade do empreendimento. Outra possibilidade do sistema fotovoltaico é o consumo remoto, que permite a geração de energia em um local para uso em outro endereço.

O autoconsumo remoto amplia a oportunidade de uso da energia solar para diversos seguimentos, além dos ganhos técnicos de possibilitar a instalação em local com maior irradiação e condições técnicas mais favoráveis. Essa modalidade permite a compensação dos créditos nas áreas urbanas, como prédios comerciais, escritórios, apartamentos, lojas em shopping, empresas de serviços e outros;

3. O sistema tem uma vida útil elevada, sendo, geralmente, superior a 20 anos. Seus equipamentos têm se modernizado, tornando-se mais potentes e resistentes. Os custos de instalação vem reduzindo à medida que a tecnologia se populariza. O sistema, além de fácil instalação, requer pouca manutenção ao longo do tempo. Isso sem falar na valorização comercial do imóvel, que se torna muito mais atrativo para o mercado imobiliário.

Com todos esses benefícios, a energia elétrica solar tende a crescer cada vez mais. Essa fonte de energia limpa, além de democrática, possui muitas vantagens financeiras. Livrar-se das elevadas contas de energia elétrica e ainda contribuir para o meio ambiente tem sido um desejo muito comum e, principalmente, mais possível para todos.

(*) – É engenheiro civil, consultor internacional com foco em construções verdes e diretor geral da empresa Regatec (www.regatec.com.br).