Robson Costa (*)
O brasileiro, de um modo geral, aprendeu a dar mais valor às categorias menores e a ver os caminhos que deve seguir contra a corrupção.
A greve mexeu com a cabeça dos brasileiros mais uma vez. E independentemente de sua opinião acerca do assunto, é notório como o poder da população, quando junta, pode mexer com o país. Ao mesmo tempo, como tudo o que ocorre nessa escala, divide muito as opiniões e em menos de 24 horas gera comentários, antagonismos e paixões.
Pudemos aprender um pouco sobre como cada setor da sociedade está conectado a outro, fazendo-nos refletir melhor sobre nosso papel nela e no que devemos contribuir para que haja mudança. Passamos por uma crise em nosso país que já se arrasta há algum tempo, abrindo abismos entre setores da sociedade. A polarização fica maior e maior, o que deixa a sociedade num clima de desesperança. Se olharmos mais de perto, podemos identificar alguns pontos que podem nos guiar num entendimento sobre este cenário e ainda relacionarmos aos atendimentos de prestadores de serviços e produtos.
Os caminhoneiros, que muitas vezes são marginalizados pela comunidade e por outras categorias de trabalho, são a linha de frente da logística das empresas. Em geral, não possuem voz ativa nem muita valorização por se tratar de um trabalho operacional; entretanto, sem eles todo o resto não funciona! Assim como o atendimento, os caminhoneiros também são o cartão de visita das empresas, porém de outra forma, e carregam consigo a imagem da empresa que queremos passar para o cliente.
São profissionais que precisam ser vistos com um olhar mais humano — afinal, são filhos, pais, mães e pessoas do bem que batalham todos os dias em prol de uma vida melhor para si e para seus familiares em núcleo social. Se amanhã ninguém mais quiser trabalhar nessas áreas porque cansou de ser desvalorizado, o que faremos?
Muitos desses fatos estão muito próximos de se tornarem somente opiniões, fake news enchem as timelines das mídias sociais, as pessoas ficam muito passionais e todos querem estar certos acerca de tudo. Bom, nós acreditamos que toda história tem seu lado bom, um lado de aprendizado. O primeiro ponto é que em toda essa discussão sobre corrupção e sobre o governo estar ou não a serviço da população, notou-se um desejo genuíno de todo brasileiro a acabar com o status atual.
Segundo, o brasileiro hoje tem assumido mais sabiamente que os erros históricos estão em nós mesmos, em nossa educação e nossa postura frente às adversidades. Não podemos exigir dos governantes que sejam mais do que nós. A ética como pauta na formação dos cidadãos, e o papel de todos nessa construção, é inegável: as empresas são responsáveis também pela formação da sociedade, da “escola da vida”, e devem reverberar os melhores valores para que, além da escola e do governo, tenhamos mais instituições responsáveis pela transformação de nossa gente.
Já dizia aquela frase: a responsabilidade é daquele que possui maior consciência. Seja qual a visibilidade de sua atuação, este é o melhor momento de nossa história para mudar significativamente o futuro das novas gerações! E é em momentos de crise que o empreendedor pode se destacar!
A prática e o incentivo do autogerenciamento de seus colaboradores faz com que ele não tenha essa extrema preocupação em não ter seu funcionário lá, fisicamente, pois sabe que mesmo distante ainda consegue liderá-los em um home office, sem comprometer drasticamente suas demandas.
E você, está pronto para fazer a sua parte começando pela sua empresa?
(*) – É CEO do Grupo Encanto Telecom.