Aldebaran Campos (*)
Anunciar na internet é uma prática cada vez mais comum, tendo em vista o potencial de alcance, o baixo custo e a oportunidade de segmentar o público e as buscas para qualquer marca que explora o vasto ambiente digital.
Assim, o produto ou serviço aparece para a pessoa certa e no momento mais propício, aumentando as chances de compra. Entre as muitas estratégias que permeiam esse universo, o Retail Media rouba os holofotes e se torna uma verdadeira revolução para o aumento de performance de campanhas nos maiores marketplaces do mundo.
Isso porque as marcas, sobretudo aquelas que cobiçam o tão sonhado milhão em faturamento, têm a oportunidade de usar o alcance e a consolidação de grandes plataformas para exibirem seus produtos de maneira eficaz – leia-se hipersegmentada – em meio a audiências altamente engajadas. Para se ter ideia do potencial em pauta, de acordo com uma pesquisa realizada pela All in, em parceria com Opinion Box, 47% dos consumidores confiam mais em marketplaces do que em ferramentas de buscas, como Google, Bing, Brave, DuckDuckGo e Yahoo. Ainda segundo um estudo da empresa Boston Consulting Group (BCG), as perspectivas são de que o Retail Media tenha crescimento de 25% por ano até 2026.
Para além dos Ads tradicionais
O diferencial desse modelo de divulgação em relação aos Ads tradicionais é que as informações usadas servem justamente para segmentar as ofertas disponibilizadas. De forma prática, os dados apresentados pelo Retail Media focam em pessoas já cadastradas na estrutura de vendas da loja que permitiram o conhecimento de suas preferências. Com isso, a empresa não precisa investir em outras ferramentas para análises de alcance do público-alvo. Assim, é possível conquistar mais vendas, aumentar a credibilidade e ter acesso aos melhores compradores.
Estamos falando aqui do potencial de alcance de grandes players como Mercado Livre, Amazon, Shopee, Magazine Luiza, Via Varejo, entre outros. Hoje, por exemplo, cerca de 135 milhões de usuários navegam mensalmente só no Meli. Além disso, os marketplaces em cena investem cada vez mais em movimentos culturais que ajudam a impulsionar as transações.
Haja vista as datas duplas da Shopee – o 11/11 deste ano, por exemplo, foi para muitos estudiosos um marco de largada para a Black Friday. Por ocorrer próximo ao evento, o Double Eleven ficou conhecido em diversos países como um “esquenta” para as promoções de fim de ano. No Brasil, o período se tornou popular em 2019, quando o e-commerce chinês AliExpress preparou ações especiais com intuito de incentivar os brasileiros a comprar. Naquele ano, a ação movimentou US$ 38,4 bilhões em 24 horas. Não é à toa que o Retail Media já é tido como a terceira onda da publicidade digital.
ROI poderoso
Além de impactar as vendas e a visibilidade da marca, o Retail Media ainda garante ótimo Retorno sobre Investimento. É que os canais de Retail Ads trabalham diretamente com clientes que estão em diversos momentos da jornada de compra, com inteligência de dados capaz de encontrar os usuários em seu momento de conversão. Essa inteligência aplicada à estratégia de Ads aumenta o ROAS (Retorno sobre Investimento em Anúncios) das campanhas. Sem contar que, para qualquer e-commerce ter sucesso, é fundamental estar inserido em vários canais de vendas – mais uma vantagem oferecida pela publicidade on-line em marketplaces.
Como fazer Retail Media?
Agora para ter certeza de que seu dinheiro será aplicado da maneira correta, ou seja, apresentará os anúncios para quem realmente terá interesse na compra, é importante contar com conhecimento sobre as ferramentas. Além de implementar boas estratégias, é necessário saber a hora de aplicar mudanças e melhorias. Por isso, vale a pena se aliar a parceiros para realizar otimizações assertivas de modo recorrente nas campanhas. Por meio de análise de dados, métricas, KPIs de ROAS, ACOS, por exemplo, é possível sair do trivial e criar ações de alta performance e conversão.
(*) Gerente de Mídia de Performance na Corebiz – [email protected]