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Resort em SC aposta em gestão automatizada e registra alta de 40% na taxa de ocupação em baixa temporada

em Negócios
quinta-feira, 08 de dezembro de 2022

Depois de sofrer forte queda durante o período da pandemia de covid-19 em todo o mundo, o setor de turismo e lazer deve alcançar o nível de faturamento pré-coronavírus já no ano vindouro. A perspectiva da FGV e do Sebrae, que fizeram um estudo em conjunto sobre o assunto, é que as empresas do segmento atinjam um patamar de estabilidade logo no primeiro semestre, consolidando crescimento de julho a dezembro de 2023.

Para o próximo ano, no entanto, é recomendado a essas empresas estarem atentas às tendências, visto que o cenário – principalmente digital – mudou, a começar pela nova geração de viajantes, que planeja, organiza, reserva passagens, hospedagens e passeios de forma absolutamente on-line. Assim, a transformação digital passa a ser diferencial competitivo, automatizando processos da operação e auxiliando no gerenciamento de toda a jornada do cliente, a fim de prestar um excelente atendimento.

Um bom exemplo é o caso do Village Praia do Rosa, um condomínio de hospedagem à beira mar, localizado no canto sul da Praia do Rosa, que fica na cidade de Imbituba/SC, a 70 km ao sul de Florianópolis. Conta com 50 colaboradores e tem capacidade para receber cerca de 100 pessoas.

Atualmente, o resort catarinense encontra-se em curva de crescimento exponencial e é ancorado em tecnologia para gerir seu negócio. A ocupação na baixa temporada passou de 30% para 70%, o que foi considerado pelos gestores como “um ótimo resultado para o segmento da região, em virtude do clima mais frio”. Para a alta temporada, que está prestes a começar, com a chegada do verão, férias, Natal, Ano Novo e Carnaval, a previsão é ainda mais promissora. Só em 2021, mais de 21 mil pessoas passaram pelo complexo, entre hospedagens e eventos.

Segundo Filipe Bento, CEO da BR24, startup responsável pela transformação digital no Village, até pouco tempo atrás, o empreendimento tinha vários de seus processos manuais ou sem integração e não possuíam domínio da jornada do cliente. Usavam uma ferramenta para marketing e depois apenas o sistema de reserva, sem o conceito do CRM, que em português é Gestão do Relacionamento do Cliente. Lá, o cliente que sempre retornava acabava sendo tratado como um novo cliente. A comunicação com o time interno era apenas via rádio e instantânea, os colaboradores não tinham contexto e planejamento de forma fácil e unificada.