Christiana Mello (*)
Falar sobre as micros, pequenas e médias empresas é ressaltar dois fatores de suma importância para todo e qualquer país: força motriz para o desenvolvimento econômico e geração de empregos.
Tais fatores levaram as MPMEs a tornarem-se grandes empregadoras brasileiras e isso é retratado em dados, onde correspondem a mais de 90% das empresas no Brasil e contribuem com 30% do nosso Produto Interno Bruto (PIB).
Elas estão inseridas em todos os setores econômicos, desde o comércio e serviços até a indústria e agricultura, funcionando como um pilar indispensável para a diversificação econômica e a resiliência do mercado. Não é à toa que recebeu a data de 27 de junho para celebrar anualmente sua atuação e destacar este papel de forma nacional e internacionalmente.
Outro aspecto significativo é a contribuição para geração de empregos – o que entendo a fundo por profissão e experiência. Em pesquisas que realizei sobre o assunto, identifiquei que as MPMEs tiveram, aproximadamente, 70% do total de empregos formais gerados apenas no ano passado, criando cerca de 710 mil vagas, conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED).
Indo mais à fundo neste quesito, entendemos que a participação dessas empresas interfere, além de espaço em diversas áreas, a oportunidade do primeiro emprego para jovens e um retorno ao mercado de trabalho para profissionais mais experientes. Ainda, há uma função crucial na promoção do empreendedorismo, incentivando indivíduos a iniciar seus próprios negócios e, consequentemente, criar mais empregos.
Ainda no mercado de trabalho, as plataformas de empregabilidade também possuem atuação extremamente relevante, auxiliando no processo de recrutamento com sistemas tecnológicos para que facilitem a rotina dos microempreendedores, por exemplo. Nestas empresas, muitos não estabelecem uma área de recursos humanos, sendo uma dor constante o método de seleção de candidatos.
Com ferramentas adequadas que façam parte das atividades e que proporcionem um melhor desempenho neste desafio, certamente veremos uma grande melhoria e MPMEs mais inovadoras. Para alavancar os negócios, investimento em capacitação, foco no atendimento ao cliente, diversificação, networking, parcerias, planejamento financeiro, marketing eficiente e recursos para plataformas de empregabilidade são alguns tópicos que podem ajudar no procedimento.
Uma coisa é certa: as micros, pequenas e médias empresas são a espinha dorsal da economia brasileira. Essa valorização é não só pelo impulsionamento econômico e inovador, mas também pelo desempenho fundamental na criação de empregos e na inclusão social.
Reconhecer e apoiar essas empresas é saber que estaremos assegurando um futuro próspero e sustentável para o Brasil, reafirmando nosso compromisso em olharmos mais para elas para que continuem a crescer e prosperar. As PMEs são peças de transformação para um país mais forte, inclusivo e sustentável.
(*) – É diretora da unidade de recrutamento da Catho (https://www.catho.com.br).