Gustavo Montes (*)
Historicamente, o compliance em trade global tem sido endereçado entre preenchimentos de dados distintos, feitos por uma parte da legislação específica, via transportadoras que satisfaçam requerimentos de segurança regional; ou por meio de uma abordagem baseada em rede, para armazenar dados onde o preenchimento regional é coletado antes de ser transmitido.
Enquanto essas abordagens se mantiverem defasadas, nenhuma delas satisfará as futuras demandas de compliance em trade global. A harmonização dos requisitos de informações eletrônicas avançadas de mercadorias em toda entrada, saída e embarcações de trânsito são críticas, pois garantem o movimento seguro de bens ao redor do mundo.
A disparidade entre mandatos definidos por países ao redor do mundo e entre as partes interessadas, nas competências de infraestrutura da cadeia de suprimentos global, é extremamente desafiadora para a troca de informação pontual e acurada numa base global. Dessa forma, os três pilares que atualmente definem compliance em trade global incluem:
- Segurança avançada em nível governamental, analisando partes das mercadorias antes de serem destinadas para qualquer país recebedor;
- Intercâmbio de dados de parceiros de trade para facilitar a segurança avançada de mercadorias;
- Necessidade de transparência de processos na coleta de evidências eletronicamente automatizadas, demonstrando as atividades ocorridas da produção à entrega.
Organizações que fornecem uma gama de potencialidades e serviços, incluindo segurança de importação, rastreamento de partes negadas, declarações de importação e exportação, mensagem de status, fiscalização e relatórios permitem que os parceiros de trade:
. Centralizem monitoramento – um dashboard consolidado que a mão-de-obra global possa usar para garantir que os preenchimentos de segurança tenham sido feitos com sucesso. Isso promove uma visão única para os requisitos e regulações globais, fazendo com que o compliance seja mais fácil, eliminando a necessidade de logar em múltiplos sistemas, reduzindo erros e riscos.
. Convertem dados para reduzir trabalho – Datar, importar e exportar dados manualmente por meio de múltiplos processos leva a erros, lentidão e riscos. Reutilizar dados para exportar e importar declarações elimina discrepâncias e garante que sejam consistentes.
. Reduzam o custo de preenchimento – Consolidar o preenchimento global reduz custos transacionais, mantendo a escalabilidade para novos mandatos de países, conforme surjam.
Organizações devem procurar uma solução de preenchimento global que forneça transparência no processo de preenchimento e que possa integrar fluxo de dados por meio de sua rede, independente de localização geográfica e meio de transporte.
(*) – É VP Sales & Customer Support Latam da Descartes (www.descartes.com.br).