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O que você precisa saber sobre o consórcio

em Negócios
quinta-feira, 20 de julho de 2023

Segundo especialista, modalidade pode oferecer menos burocracia e bastante flexibilidade para o consumidor

O número de consorciados bateu um novo recorde em 2023, ultrapassando os 9,5 milhões de usuários. Segundo o último levantamento da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC), o volume de negócios cresceu mais de 20% neste ano, chegando a R$115,5 bilhões em contratos.

De acordo com o especialista Eduardo Rocha, CEO do Klubi http://klubi.com.br , única fintech do Brasil autorizada pelo Bacen a operar como administradora de consórcios, essa modalidade se destaca pela oportunidade de acesso ao crédito. “O consórcio está entre as alternativas mais viáveis para acessar o crédito, por conta da facilidade de comprovação de renda. A modalidade ultrapassou os 9,5 milhões de usuários, mas possui um público endereçável de aproximadamente 100 milhões de brasileiros e muitos deles não sabem como funciona esse investimento”, explica.

De acordo com Eduardo Rocha, existem pelo menos 5 dúvidas comuns e recorrentes, que estão entre os consumidores:

Tem taxa de juros?

Com a Selic em 13,75% ao ano, maior patamar desde 2016, os juros altos atrapalham os planos de quem quer adquirir carros, imóveis, eletrodomésticos e eletrônicos. Mas os consórcios não possuem nenhuma taxa de juros, apenas taxa de administração. “Na verdade, com o consórcio você vai juntar mensalmente o valor e poderá conquistar o crédito antes de pagar todo o montante”, explica Rocha.

Qual a burocracia?

Por fim, o consórcio também se destaca por ser muito menos burocrático que as demais opções de categorias de compra, por eliminar intermediários, como por exemplo, o financiamento, que conta com a participação de instituições financeiras como bancos.

Além disso, o consorciado tem total liberdade de escolher qual bem e qual empresa ele vai querer contratar e caso mude de ideia, nada impede de comprar algo diferente do que já tinha planejado. “O único critério é que o bem seja da mesma categoria. Ou seja, caso o consumidor contrate um plano de consórcio de veículos, ele não pode usar o crédito para comprar uma casa”, completa Eduardo Rocha.

Como funciona a contemplação?

Consórcios são muito flexíveis e facilitam o seu planejamento de investimento. Nesta modalidade, o consorciado contrata o plano, define o prazo e investe mês a mês até atingir o valor total contratado. “São inúmeras opções de prazo, o que possibilita até mesmo planejar um presente com data definida. Além disso, nos consórcios existe a possibilidade de receber antes por meio do lance ou sorteio”.

  • Sorteio: No sorteio os participantes com as prestações em dia, concorrem para receber o valor contratado antes do final do prazo.
  • Lance: Já o lance funciona como uma antecipação de prestações. Nele o participante interessado faz uma oferta e, caso seja um lance vencedor, ele recebe o crédito, sendo a quantia descontada do seu saldo devedor

Perde dinheiro com a inflação?

Um ponto muito importante sobre o consórcio é que ele tem uma correção anual. Isso é essencial para garantir que o crédito seja atualizado e mantenha o seu poder de compra.

No caso dos automóveis, o reajuste pode ser pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) . Já no consórcio de imóveis, o indicador mais utilizado é o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC). A administradora também pode optar por outros critérios, como o preço sugerido pela montadora ou fabricante. Essa regra é muito utilizada no consórcio de veículos. Nesse caso, o valor do crédito será corrigido sempre que a montadora sugerir um novo preço ao mercado.

Pode desistir?

O consorciado não fica limitado para sempre ao seu plano, ou seja, ele pode cancelar caso não queira mais participar do consórcio. Numa quebra de contrato, o consorciado recebe de volta as quantias pagas que são destinadas ao fundo comum, ou seja, o valor destinado a compra do bem ou contratação do serviço.

“Nesses casos, o membro pode optar por vender seu plano para outra pessoa”, aponta Eduardo. Essa é uma opção para que o consorciado desistente consiga reaver valores pagos com mais agilidade. “Primeiro o membro deve conferir se essa possibilidade está no contrato e suas condições. A administradora avalia a capacidade financeira do novo interessado e autoriza a transferência do titular”, explica Eduardo.

Por fim, Eduardo destaca alguns requisitos mínimos para se fazer um consórcio “os consórcios exigem que o cliente tenha, no mínimo, 16 anos e forneça informações que comprovem seus rendimentos e situação fiscal. Além disso, o valor da mensalidade não deve ultrapassar 30% dos seus rendimentos médios mensais”, finaliza.