Todo ser é único, com características distintas que impactam diretamente no âmbito pessoal e profissional. Segundo psicólogo Howard Gardner, criador da teoria das 7 inteligências, cada pessoa possui um atributo mais proeminente, seja ele a lógica, a criatividade a linguística, motora, entre outros. É seguindo essa linha de raciocínio que a especialista Debora Garcia defende e ressalta a importância do autoconhecimento para a carreira.
Segundo ela, é por meio desse processo que o profissional consegue identificar pontos fortes e fracos, dando-se tanto a oportunidade de maximizar competências quanto de desenvolver aspectos que o impedem de alcançar a alta eficiência.
“Imagina um profissional que tem sempre uma boa desculpa para não entregar um projeto, ou tem um leque de justificativas para uma baixa performance, simplesmente porque não se conhece profundamente e não consegue administrar suas próprias competências a favor do seu trabalho.
A falta de conhecimento sobre si dificulta ser auto responsável e reconhecer o poder que tem para mudar a situação, seja mudar de área ou se desenvolver dentro da sua atual função, sendo que possivelmente tem características que podem ser melhores aproveitadas”, analisa. A questão, é que o autoconhecimento ajuda o indivíduo a gerir melhor uma carreira, que muitas vezes está ruim, pelo simples fato da pessoa não se identificar ou mesmo ter o que é necessário para executar aquilo com excelência, e muito menos tem força de vontade em desenvolver.
“É sobre conseguir usar o que tem de melhor para se engajar mais e um profissional que não se conhece dificilmente vai fazer isso. A tendência é que ele continue naquele lugar onde está insatisfeito, sem entender que a vida não é fixa e imutável e que aquele cenário pode ser revertido”, aponta. “Se você almeja uma função ou mesmo já está ali executando-a e sabe que os seus pontos fortes vão favorecer a sua performance ou já sabe que os pontos fracos vão dificultar os seus resultados e sabe usar os mecanismos para melhorar ou aproveitar essas competências, você se torna um profissional de alta eficiência”, completa.
Além da performance, a falta de autoconhecimento também impacta nas relações de trabalho, pois o profissional que não se relaciona bem consigo mesmo, dificilmente terá facilidade em executar tarefas em prol do grupo ou junto a equipe, garante Debora Garcia, ao aduzir que, para alcançar o autoconhecimento, o exercício deve ser diário. É preciso olhar e se perceber constantemente.
“Tire um tempo para se analisar, coloque no papel seus pontos fortes e fracos, invista em treinamentos, procure por atividades que te instiguem a ser um profissional que maximize suas competências. Autoconhecimento é um processo, que pode ser conquistado de várias formas, como por meditação, terapia ou simplesmente autoanálise. Se conhecer é um hábito necessário de se cultivar”, defende Debora.
Fonte: MF Press Global.