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Metade dos brasileiros tem pretensão de viajar nos próximos 12 meses

em Negócios
terça-feira, 08 de junho de 2021

Estamos em um momento crucial da pandemia, no qual a quarentena, devidamente necessária, ainda é uma realidade do Brasil. Ao redor do mundo muitos países já voltam aos poucos ao novo normal. A vontade dos brasileiros de poder retomar hábitos de descompressão, como o de viajar, ir para o campo no fim de semana, ou mesmo descer para a cidade praiana mais próxima, cresce na mesma intensidade da vontade, e possibilidade de finalmente tomar a vacina.

Novo estudo da Hibou – empresa de monitoramento de mercado e consumo – revelou que 47% da população tem a intenção viajar nos próximos 12 meses, mesmo com medidas de isolamento ainda em operação e sem previsão final de vacina para toda a população. “O brasileiro está cansado de ficar em casa. Ele entende o valor da quarentena, mas não vê a hora de tomar a vacina e, finalmente, poder sair de casa. O turismo em si sempre ocupou espaço de destaque entre os principais objetivos da lista de desejos, mais forte que comprar um carro ou uma casa, por exemplo.

Com isso em mente, a previsão é que, assim que puder sair de casa com segurança, o brasileiro vai se endividar, curtir em pouco espaço de tempo tudo o que ficou reprimido nesse um ano e meio em quarentena. Então, teremos um “boom” no turismo, que é a principal válvula de escape as população aqui.”, afirma Ligia Mello, sócia da Hibou. Sim, as pessoas agora querem conhecer melhor o próprio país. Parece que a empatia e a união criada com a situação sensível vivida pela pandemia até aqui tornou a nossa própria grama ainda mais verde.

Viajando no Brasil as viagens podem ser feitas de carro ou com voos curtos, que são opções mais seguras. O idioma também tem um papel importante aqui, já que, caso aconteça algum problema, de saúde ou imprevisto de viagem mesmo, fica muito mais fácil pedir ajuda no idioma nativo. Entre os destinos mais almejados, 55,7% dos brasileiros quer conhecer outros estados dentro do Brasil, 22,9% tem em mente conhecer melhor o próprio Estado, ou seja, se somarmos, 78,6% da intenção de viagem está em terras tupiniquins.

Para o exterior, 20,5% pretende ir para a América do Norte e 19% gostaria de embarcar em uma Euro Trip. Hotéis de redes conhecidas são a principal opção de acomodação para 49%, seguido de aluguel de imóvel por temporada, para 21,8%, e casa de parentes ou amigos para 11,8%. O coronavírus atrapalhou a vida e os planos de muita gente, e 24,1% desmarcou viagens por completo, enquanto 17,5% apenas adiou o passeio. Pensando em viagens nacionais, a maior parte dos entrevistados (69,5%) acredita que as pessoas voltarão a viajar somente após fevereiro de 2022.

No caso das viagens internacionais, a população está ainda mais cética sobre o retorno, já que 81,4% aposta em uma normalização apenas após fevereiro de 2022 também. Ainda assim, seja aqui no Brasil ou no exterior, 51,6% da população sente vontade em viajar ainda em 2021. Para 53,5% dos entrevistados, a principal preocupação em relação a viagens atualmente é, obviamente, a possível contaminação por coronavírus. No entanto, há, ainda, uma parcela de 35,7% que se preocupa com o risco de que essas viagens contribuam para uma nova onda casos de COVID-19 no país.

Entre as dificuldades, não menos relevante em uma pandemia, 33,1% se preocupa mesmo é com a própria situação financeira atual, 24,1% define como impeditivo o fato de que os pontos turísticos estejam ainda fechados e 19,6% vê como dificuldade a alta cotação do dólar. Na hora de planejar uma viagem, o brasileiro acha importante considerar a estação do ano (55,2%), o orçamento final (46,2%), ter um roteiro bem estruturado (43,3%), a forma de pagamento (40,1%) e ter acesso a pacotes promocionais (37.5%).

“A companhia também é muito importante, família e companheiros, sejam casados ou namorados, juntos, correspondem por 73,4% das preferências do brasileiro para uma viagem. A pesquisa mostrou também que a população prefere planejar com antecedência essas viagens, sendo 24,8% com um ano antes e 36,3% entre 3 e 6 meses”, completa, Ligia. Um total de 2.258 brasileiros respondeu a pesquisa de forma digital, garantindo resultado com 2,06% de margem de erro. A pesquisa engloba todo o Brasil, níveis de renda ABC e público 18+. – Fonte e outras informações: (www.lehibou.com.br).