O isolamento social fez a relação do consumidor com os planos para reformar a casa virar de ponta de cabeça. Algumas modificações foram adiadas; outras, ocorreram a toque de caixa. E mesmo os planos para transformar o ambiente doméstico em um futuro próximo estão sendo reavaliados. Uma pesquisa realizada entre julho e agosto pela Oficina de Estratégia, consultoria especializada em pesquisa e planejamento e com larga experiência no setor de material de construção, mapeia as tendências de comportamento do consumidor nesse segmento.
Enquanto projetos que envolviam obras maiores ou mais trabalhosas – como pintar as paredes ou reformar a cozinha – ficaram em segundo plano, medidas de urgência, como comprar móveis para o escritório e consertar vazamentos, precisaram ser tomadas rapidamente. 26% das pessoas entrevistadas na pesquisa decidiram adiar planos de reformas ou reparos na casa que haviam sido feitos antes do isolamento.
Já 13% tiveram que enfrentar a necessidade de reparo ou reforma inesperada, seja por enfrentarem problemas emergenciais, seja por se depararem com as novas necessidades que surgiram a partir da acomodação das atividades de trabalho e escola no ambiente familiar, somados ao uso mais frequente da casa. Entre quem precisou adiar algum tipo de obra, as mais citadas foram: pintura das paredes, consertos no telhado, refazer ou colocar piso, reformas da cozinha, do banheiro ou do lavabo.
Já entre os que precisaram reformar sem um planejamento prévio, foi mais comum a compra de móveis para escritório, material para pintura, torneiras, canos, sifões, registros, luminárias, tomadas, interruptores e eletroeletrônicos. Para quem ainda pretende realizar algum tipo de reforma no ambiente doméstico ao longo deste segundo semestre, a tendência é continuar investido em itens que tragam conforto e melhorias mais rápidas para a casa.
Entre os 19% que têm o projeto de modificar o próprio espaço nos próximos meses, os itens mais citados em termos de intenção de compra são: artigos de decoração, materiais de acabamento (como tintas e azulejos), mobiliários variados, peças de cama, mesa e banho, eletrodomésticos e eletroeletrônicos. Segundo Eveline Iannarelli, sócia-fundadora da Oficina da Estratégia, os dados da pesquisa sinalizam que: “o uso mais frequente do espaço residencial nos colocou em contato diário com as novas demandas do ambiente, gerando incômodos, necessidades de adaptação e desejos de mudança”. Outras informações: ([email protected]).