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E se Elizabeth II tivesse seguro de vida, quem receberia?

em Negócios
sexta-feira, 23 de setembro de 2022

Thiago Sena (*)

O mundo ainda está marcado pela partida da rainha Elizabeth II, que tinha 96 anos e passou 70 anos no poder. As despedidas da chefe de estado a passar mais tempo no cargo devem durar por mais alguns dias, conforme divulgou a família real.

Além da questão da sucessão do trono, hoje ocupado pelo filho mais velho da monarca, o agora Rei Charles III, um ponto pode despertar a curiosidade: será que a rainha tem seguro de vida? Se sim, para quem ele iria?

A resposta veio através do corretor de seguro de vida/pessoas Thiago Sena. Ele explicou que, caso ela já não tivesse todos os benefícios que não são desfrutados por uma pessoa comum e contratasse um seguro de vida, com sua partida os valores poderiam ter dois destinos.

“Se ainda em vida ela tivesse determinado quais seriam os beneficiários, o seguro iria para eles. Caso não, a Justiça o destinaria para os chamados beneficiários legais. E isso aconteceria conforme a Lei da Herança, que no Brasil funciona da seguinte forma: se você não determina os beneficiários, quem vai receber primeiro são os descendentes/filhos ou cônjuges.

Não havendo descendentes, recebem os ascendentes/pais, que não estão mais vivos no caso da rainha”, completou. Ainda insistindo nesse ponto, Thiago relatou que a terceira opção, caso não haja possibilidade das duas primeiras, o seguro vai para os irmãos. “Mas, caso a rainha tivesse um seguro de vida, muito provavelmente os recursos iriam para os filhos”, disse.

E se em vida a rainha tivesse determinado que um de seus netos seria o único beneficiário do seu seguro de vida, após sua partida, ninguém poderia contestar a determinação judicialmente. “Principalmente porque, falando de Brasil, o seguro é um bem inalienável e não entra nas partilhas”, explicou.

(*) – É corretor de seguros e sócio da empresa AddGroup, que atende profissionais da área de planejamento financeiro, seguros e investimentos.