Segundo especialista, a interoperabilidade é pré-requisito para o pleno funcionamento do Open Banking e sua adesão por parte dos clientes
Um dos principais obstáculos enfrentados para que o Open Banking tenha mais alcance no Brasil é que cada banco possui estruturas de dados, protocolos de segurança e tecnologias distintas, o que dificulta a troca fluida de informações entre eles. Acontece que o conceito vem ganhando destaque nos últimos anos justamente pelo argumento da unificação dos sistemas e plataformas entre diferentes instituições financeiras, facilitando a oferta de produtos e serviços mais adequados aos clientes — o que, na prática, tem sido uma dificuldade.
Diante disso, a interoperabilidade, que se refere à capacidade dos sistemas de diferentes instituições se comunicarem e interagirem sem ruídos, independente de suas especificidades, torna-se não apenas uma boa ideia, mas uma exigência para impulsionar um mercado mais competitivo e integrativo. É o que defende Rudá Galvão, Co-fundador e Líder Comercial da Aarin, hub tech-fin especializado em Pix e embedded finance. O especialista acredita que uma abordagem padronizada para a troca de informações beneficia a experiência do cliente em um ponto que facilita a aceitação dos consumidores e sua aderência ao programa.
“Aqui temos dois tópicos importantes que devem ser relacionados: interoperabilidade e Open Banking. Isso porque, para garantir a interoperabilidade efetiva no Open Banking, é essencial que as instituições financeiras adotem padrões abertos e protocolos de segurança robustos. Isso envolve o desenvolvimento e a adoção de APIs padronizadas, a implementação de medidas de autenticação e autorização seguras, bem como a colaboração com os órgãos reguladores. Basicamente, um depende do outro”, explica Rudá.
A união de ambos é um avanço significativo na indústria financeira, que proporciona inúmeras oportunidades para os consumidores e para o setor como um todo. No entanto, a troca de informações bancárias eficientes e seguras é mais um desafio que deve ser enfrentado, englobando as necessidades de consumidores e empresas financeiras.
“A interoperabilidade se apresenta como um requisito não negociável para que essa transformação ocorra de forma benéfica para todos os envolvidos, garantindo a confiança dos clientes e a estabilidade do sistema financeiro”, conclui.