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Impostos sobre ovos de Páscoa podem chegar a quase 40%

em Mercado
sexta-feira, 11 de abril de 2025

A Páscoa está chegando, e quem for comemorar a data já deve ir preparando o bolso. Isso porque em um cenário econômico incerto, seguido pelo aumento da taxa de juros — o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentou a taxa Selic em 1 ponto percentual, chegando a 14,25% ao ano —, a carga tributária aplicada sobre o setor deve tornar os preços dos produtos típicos da celebração ainda mais caros.

De acordo com o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), o preço de chocolates em barra e bombons disparou 16,5% nos últimos 12 meses. A alta anual é a maior desde a atualização do indicador que mede a inflação oficial do Brasil, em 2020.

O resultado já pode ser percebido nas prateleiras pelos consumidores – dados. Dados do Impostômetro apontam que somente os tributos representam cerca de 38,25% do preço final do chocolate, o mesmo percentual tributário do ovo de Páscoa, seguidos por 36,02% da colomba pascal.

“O valor dos produtos é composto por taxas, impostos e contribuições. O ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e o Imposto sobre Importação são os que mais pesam no valor dos itens consumidos nesta época. E apesar do chocolate estar dentro do rol de produtos alimentícios, ele não é contemplado com os benefícios fiscais dos itens considerados essenciais, que compõem a cesta básica. Por isso, há claramente uma diferença na tributação”, comenta Giuliano Gioia, advogado tributarista e diretor de conteúdo tributário da Sovos Brasil, empresa global empresa global especialista em soluções para o compliance fiscal.