A Nota Fiscal Fatura de Serviço de Comunicação (NFCom) é uma obrigatoriedade fiscal iminente para as empresas de comunicação e telecomunicações de todo o Brasil. A partir de abril de 2025, seu uso será indispensável, mas especialistas alertam: nem todas as organizações estão preparadas para se adequar e o ideal é não esperar o prazo ficar mais apertado para iniciar o processo.
“Para quem ainda não começou a transição para a NFCom, não dá mais para esperar, pois o prazo está consolidado e inadiável. Especialmente se considerarmos a Reforma Tributária se aproximando cada vez mais. Não se pode iniciar esse processo utilizando documentos fiscais em papel”, explica Hugo Ramos, CEO da Oobj, referência nacional em soluções para Documentos Fiscais Eletrônicos (DF-e) e outras demandas fiscais digitais.
O novo formato foi desenvolvido em colaboração entre as Secretarias de Fazenda estaduais, ANATEL, Receita Federal e representantes do segmento de comunicações. O objetivo é modernizar o processo de registro das transações comerciais, permitindo o acompanhamento em tempo real e promovendo maior transparência e eficiência no registro dessas operações.
“A NFCom não representa apenas uma obrigatoriedade regulatória, mas sim uma oportunidade para as empresas reavaliarem a digitalização de sua gestão fiscal, em busca de maior eficiência de seus processos e redução de custos”, defende Hugo Ramos. Um dos desafios na implementação da novidade é a integração com ferramentas antigas, que muitas empresas ainda utilizam, até mesmo várias de forma simultânea.
Daí surge a dificuldade de ter uma validação detalhada dos dados cadastrais dos clientes, que podem estar espalhados por vários softwares. Falhas nesse processo podem resultar na rejeição das notas fiscais, afetando diretamente o faturamento das operadoras. Além disso, o volume massivo de emissões de faturas mensais afeta a operação consideravelmente.
“As operadoras precisam de soluções capazes de processar faturas dentro de janelas de tempo limitadas, de preferência de maneira centralizada em uma só ferramenta. Também é importante que ela permita a adaptação no caso de atualizações nos sistemas do FISCO”, ressalta o especialista.
Com o auxílio da tecnologia, as organizações ainda conseguem transicionar para a NFCom dentro do período estipulado. Contudo, se houver partes do processo ainda analógicas, é essencial trabalhar na mudança o quanto antes. O momento pode ser ideal para aplicar uma transformação digital completa na operação fiscal; afinal, a NFCom é apenas uma das muitas mudanças tributárias que se desenham para o futuro.
“A digitalização veio para ficar. Com uma abordagem estratégica e investimentos adequados em soluções tecnológicas, as empresas de telecomunicações podem não apenas atender às exigências regulatórias, mas também impulsionar sua vantagem competitiva e se preparar para o futuro digital”, conclui o CEO. – Fonte: (https://oobj.com.br/).