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Sua equipe está preparada para o pós-pandemia?

em Mercado
segunda-feira, 30 de novembro de 2020

Ana Luiza Milan (*)

No início de março, com o avanço dos casos de coronavírus, ainda era difícil estabelecer parâmetros sobre a real influência das medidas de combate à pandemia no cenário empresarial do país. Hoje percebemos que o impacto negativo foi elevado e o cenário atual permanece desafiando o desempenho das equipes.

O distanciamento social, adotado na maioria dos estados brasileiros, exigiu do gestor mecanismos eficazes para manutenção da produtividade das equipes com a necessária consideração à sensibilidade pessoal. Para muitas empresas, o trabalho remoto foi a única possibilidade de manter as atividades operacionais, desafiando a comunicação interna e o relacionamento com os clientes.

Neste cenário, os profissionais precisaram reinventar a rotina diária de trabalho e se adaptar a novos canais de comunicação. No processo de adaptação à nova forma de conduzir os negócios, não bastou apenas a manutenção dos processos atuais, foi preciso ir além, juntando esforços na criação de um planejamento estratégico que colocasse as pessoas acima de fatores usualmente prejudiciais, como o imediatismo por resultados, por exemplo.

Nesse sentido, o gestor teve papel de identificar pontos de melhoria e oferecer os meios necessários para que os profissionais conseguissem desempenhar seu potencial máximo, em um ambiente de forte pressão e ansiedade. Resiliência, criatividade e flexibilidade foram e são características positivas que devem estar presentes em uma gestão preparada para lidar com situações inesperadas que fogem do controle da companhia. Explorar essas competências com apoio da tecnologia ajuda gestores a se manterem estáveis e produtivos.

A crise impactou todas as empresas e, especialmente, duas atividades delas sentiram mais intensamente os efeitos da crise, as atividades comerciais e a financeiras. Os clientes mudaram em curto espaço de tempo seus hábitos de consumo e de pagamento de compromissos financeiros, fazendo com que processos operacionais antiquados e pouco eficientes, que usualmente eram pouco criticados no dia a dia, recebessem luz em forte intensidade.

Essa situação adversa impulsionou a transformação digital em muitas empresas, pois as melhorias que já eram importantes antes da crise, passaram a ser essenciais para a sobrevivência do negócio. Ao lidar com as áreas de maior impacto nos resultados das empresas, as equipes precisaram acolher com grande receptividade novas tecnologias, para garantir a segurança necessária na jornada de recuperação das empresas e dos mercados.

O momento de aprimoramento e adaptação operacional que tem ocorrido nas empresas desafia os gestores no gerenciamento da ansiedade e da insegurança do time para unir as dimensões humana e tecnológica, de modo que a adaptação aconteça com pouca resistência.

O gestor tem papel central na conciliação das expectativas dos profissionais com a introdução de novas tecnologias, demonstrando que apesar de todo o prejuízo trazido pela crise, ela trouxe também a oportunidade de os profissionais saírem mais fortes deste período se incorporarem a adaptabilidade ao conjunto de suas características.

(*) – É cofundadora e Head de Projetos na Receiv, plataforma inteligente de contas a receber. Psicóloga, com especialização em Administração de RH (https://www.receiv.it/).