A OMS declarou pandemia de coronavírus ontem (11), em decorrência do aumento no número de casos, mortes e países atingidos pela doença. Segundo a OMS, os números devem subir ainda mais nos próximos dias e semanas. “A descrição da situação como uma pandemia não altera a avaliação da OMS da ameaça representada por esse vírus. Isso não muda que a OMS está fazendo, nem o que os países devem fazer”, afirmou Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS.
O representante da organização da saúde também explicou que “pandemia não é uma palavra para ser usada de maneira leviana ou descuidada”. Para ele, se mal utilizada, pode causar medo irracional ou aceitação injustificada de que a luta acabou, levando a sofrimento e morte desnecessários”. Até o momento, 4.291 pessoas morreram e foram registrados mais de 118 mil casos em 114 países. “Essa é uma crise que vai afetar todos os setores”, acrescentou.
No entanto, ele relembrou que 81 países ainda não relataram nenhum caso e 57 países registraram 10 casos ou menos. “Não podemos dizer isso em voz alta o suficiente, ou com clareza ou frequência suficientes: todos os países ainda podem mudar o curso dessa pandemia”, ponderou. Durante coletiva de imprensa em Genebra, Ghebreyesus ainda ressaltou que a OMS foi encorajada “pelas medidas agressivas tomadas pela Itália”, que na última segunda-feira (10) editou um decreto para restringir deslocamentos por todo o país e evitar aglomerações.
“Itália e Irã estão sofrendo agora, mas em breve muitos outros países em breve podem passar por isso”, alertou o diretor executivo do programa de emergências da OMS, Michael Ryan. Atualmente, os dois países lideram em número de casos, apenas atrás da China, mas estão apresentando um crescimento acelerado de contaminações diariamente. A Itália, por sua vez, já contabilizou 631 mortes e mais de 10 mil infecções, segundo o último balanço apresentado (ANSA).