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O que será tendência na vida dos brasileiros após a quarentena?

em Mercado
segunda-feira, 18 de maio de 2020

Um estudo inédito da Toluna, fornecedora líder de insights do consumidor sob demanda, identificou as principais mudanças nos hábitos e comportamentos dos brasileiros após a chegada do novo coronavírus ao país e, a partir disso, quais serão as tendências na vida dessas pessoas quando o pico da pandemia tiver sido superado no país. Durante a quarentena novos hábitos foram adotados por boa parte da população, e alguns deles serão mantidos, de acordo com a pesquisa realizada entre 8 e 10 de maio com 1.052 pessoas de todas as regiões do país.

Os entrevistados afirmaram que pretendem manter hábitos como higienizar todas as coisas que entram em casa (59,5%), cozinhar (49,6%), fazer cursos online (43%) e ir ao mercado ou farmácia somente quando for extremamente necessário (40,6%). Quando questionadas sobre tendências pós-pandemia, 63,6% das pessoas acreditam que o trabalho remoto irá se manter, a educação a distância (58%), busca por novos conhecimentos continua (57%), novos modelos de negócios para restaurantes (54,3%) e revisão de crenças e valores (49,6%).

“Desde fevereiro, antes do Brasil confirmar seus primeiros casos de Covid-19, a Toluna têm dedicado atenção e esforços para ouvir e entender todas os sentimentos, necessidades e opiniões da população brasileira durante essa crise gravíssima. Pensando nisso, criamos algumas pesquisas para identificar os principais pontos de atenção. Nesse novo estudo inédito, nosso principal propósito foi identificar os hábitos e comportamentos dos brasileiros durante a quarentena e o que será tendência daqui pra frente”, explica Luca Bon, diretor-geral da Toluna para América Latina.

Em relação ao trabalho, 26% dos entrevistados afirmaram estar trabalhando de casa normalmente, alguns já estavam desempregados antes da pandemia (12,2%) e há quem esteja trabalhando no modelo home office com jornada reduzida (12%). Outros são autônomos e estão sem receber remuneração (10,6%), pois os serviços estão suspensos. O estudo mostrou o aumento no consumo de alguns alimentos específicos como o arroz (82%) e feijão (73%), frutas (82,6%), ovos (77,6%) e alimentos congelados (68%). Também houve um aumento em alguns medicamentos como a vitamina C (74%) e antigripais (64%).

95% das pessoas pesquisadas afirmaram ter comprado algum item específico para se proteger contra contaminação. Entre elas, os produtos mais citados foram desinfetante para as mãos/álcool em gel (94,4%), máscara de tecido reutilizável (90%), sabonete (70%) e desinfetante para ambientes (67,4%). Em um cenário em que tudo voltasse a funcionar normalmente mas ainda sem vacina e sem cura para a Covid-19, a maioria das pessoas afirma que não frequentaria shows (62,3%), cinema e teatros (62%), academias (57,5%), eventos esportivos (56%) e clubes (55,2%).

No estudo, a maioria das pessoas (87%) se considera muito ou extremamente preocupada com o surto do novo coronavírus. Quando questionadas, 62% das pessoas se mostrou igualmente preocupada com os impactos da pandemia na saúde pública e na economia.
Mais de 97% das pessoas afirmam praticar algum tipo de isolamento social, divididas entre isolamento total (55%) e parcial (42%). O isolamento parcial é justificado por pessoas que precisam sair para trabalhar (44%) e outras que precisam resolver coisas pontuais (54%), como ir ao supermercado.

Essa pesquisa foi realizada entre os dias 8 e 10 de 2020, com 1.052 pessoas das classes A, B e C, segundo critério de classificação de classes utilizado pela Abep – Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa, onde pessoas da classe C2 tem renda média domiciliar de R$ 4.500 por mês. Estudo feito com pessoas acima de 18 anos, todas as regiões brasileiras, com 3% de margem de erro e 95% de margem de confiança. Fonte e mais informações: (https://www.tolunacorporate.com/).