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Indústria têxtil e de confecção apresenta recuperação

em Mercado
segunda-feira, 07 de junho de 2021

No acumulado do primeiro quadrimestre de 2021, em relação a igual período de 2020, a produção têxtil cresceu 30,9% e a de confecção, 27,6%. Nos últimos 12 meses, registrou-se avanço de 7,2% no primeiro segmento e queda de 10,8%, no segundo. Fernando Valente Pimentel, presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), observa que esses números, assim como os dados do PIB nacional no primeiro trimestre, que surpreenderam positivamente, mostram haver espaço para retomada econômica este ano.

Pimentel observa que, já considerando o mês de abril, a produção do segmento têxtil apresenta desempenho muito próximo do patamar de 2019. A confecção, porém, ainda está bem abaixo do desempenho que apresentou no período pré-pandêmico. Pondera que, apesar dos números positivos do PIB trimestral, a retomada efetiva do crescimento dependerá da continuidade e avanço das reformas estruturantes, principalmente a tributária e a administrativa. “É fundamental criarmos um ambiente de negócios melhor”.

Na sua avaliação, ainda há um grau elevado de incertezas, derivado da persistência da pandemia, da necessidade de avanço mais rápido da vacinação, da preocupação com o baixo nível dos reservatórios de água e risco de racionamento de energia elétrica, bem como da agenda de modernização e adequação do arcabouço legal à demanda premente do aumento de competitividade da indústria e da economia.

“É preciso considerar, ainda, que quanto mais formos nos aproximando das eleições de 2022, será maior o impacto do quadro político no humor da economia, na confiança dos empreendedores e dos consumidores e nas decisões de investimentos”, frisa o presidente da Abit.

E alerta: “Não podemos continuar desperdiçando chances, pois o Brasil, na última década, cresceu 0,3% ao ano, ou seja, pouco mais de 3%, enquanto o mundo teve expansão superior a 30%. Desaprendemos de como promover a expansão do PIB de modo continuado e sustentável”. Para Pimentel, um país como o Brasil, com imenso potencial, não pode almejar nada menos do que crescimento de 4% por ano (AI/Abit).