Da locomoção de aviões, navios, carros e caminhões até a criação de fertilizantes e de energia elétrica para o abastecimento de casas e grandes indústrias, como a siderúrgica, a usabilidade do hidrogênio verde tem se tornado uma pauta importante para o governo federal, e o país vem se destacando como um grande expoente em sua produção, gerando 1,8 bilhão de toneladas por ano.
A gerente de Clima e Energia da CNI, Juliana Borges de Lima Falcão, explicou que a indústria tem papel estratégico na descarbonização da economia e que está atenta às metas estabelecidas pelo Acordo de Paris, como a redução em até 48% dos gases de efeito estufa até 2025 e a neutralidade climática até 2050.
“O Brasil é visto como um grande produtor de hidrogênio, mas podemos utilizar essa capacidade para consumo interno. É importante olhar para o potencial de exportação, mas o desafio real é olhar para como podemos aproveitar isso em nosso país”, destacou Juliana.
Entre as práticas incentivadas por outros países como Alemanha, Estados Unidos e Austrália, estão os leilões de compra e venda de hidrogênio verde; a criação do Banco Europeu de Hidrogênio e a destinação de subsídios fiscais para projetos de descarbonização. De acordo com a representante da CNI, o Brasil tem oportunidades de compor uma matriz energética e uma indústria baseada em acordos entre os setores público e privado, e o hidrogênio verde vem para solucionar.
“A descarbonização é uma meta muito ambiciosa tanto para o governo quanto para a indústria, que já está fazendo suas atividades pensando nas tecnologias disponíveis e também nas que estão por vir. A CNI tem uma estratégia baseada na transição energética, no mercado de carbono, na economia circular e na conservação florestal. É dessa forma que a indústria apoia a economia de baixo carbono”. Saiba mais: (https://linktr.ee/industria.verde).