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Empresários precisam de acesso rápido ao crédito durante pandemia

em Mercado
terça-feira, 14 de abril de 2020

A FecomercioSP acompanha os desdobramentos que a pandemia de covid-19 tem provocado em diversos setores da sociedade, em especial o de comércio e serviços. Assim, tem ouvido associados e empresários em geral e já percebe que, com o aumento da aversão ao risco, o sistema financeiro está tornando o crédito mais seleto, com aumento de juros e redução do prazo.

Nesse sentido, enviou três ofícios destinados, respectivamente, ao Tesouro Nacional, à Febraban e ao Banco Central solicitando liberação de mais recursos das partes, assim como aprovação de linhas de créditos emergenciais acessíveis de forma mais ágil e com menores custos. A Entidade acredita que o Tesouro Nacional precisa disponibilizar mais garantias para suprimento de crédito para capital de giro, pois o que foi liberado até o momento cobriu apenas a folha de pagamento.

Já a Febraban tem de orientar os bancos a serem agentes facilitadores nesse momento conturbado, para que os recursos cheguem rapidamente aos empresários. A FecomercioSP pede, ainda, atuação do Banco Central na expansão da base monetária, ou seja, injetar mais dinheiro na economia, pontual e emergencialmente, durante o período da pandemia. Assim, a autoridade monetária pode comprar títulos do Tesouro e permitir uma expansão fiscal sem tanta pressão nos juros de longo prazo, pois atuará como demandante destes.

Além disso, permite compras de títulos privados de modo a manter a riqueza dos investidores individuais e das empresas. A maior dificuldade em contrair crédito vem de pequenos empresários, que têm faturamento acima do MEI (Microempreendedor Individual), mas abaixo de R$ 360 mil. Recentemente, o governo liberou financiamento para folha de pagamento das empresas com faturamento anual entre R$ 360 mil e R$ 10 milhões.

Há casos em que as instituições financeiras pedem para que a folha de pagamento seja transferida em troca da aprovação do crédito. Em relação aos recursos disponibilizados por bancos públicos, como é o caso do BNDES e da Desenvolve SP, o empréstimo é feito por meio de agentes financeiros credenciados. Entretanto, como foram pouco utilizados no passado, os gerentes de bancos, muitas vezes, desconhecem os produtos e os procedimentos (AI/FecomercioSP).