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Cripto e mulheres: o caminho para aumentar a inclusão financeira

em Mercado
quinta-feira, 07 de março de 2024

A brecha histórica que tem limitado a participação das mulheres no espaço público é ainda mais visível em setores como o financeiro e o tecnológico. Ao ter a interseção de ambos os ramos, o mundo cripto têm desafios importantes para impulsionar a participação feminina, ao mesmo tempo que destaca as vantagens de uma indústria, potencialmente, inclusiva.

De acordo com o primeiro Cenário cripto na América Latina, realizado pela Bitso – empresa líder da América Latina em serviços financeiros baseados em cripto – durante a segunda metade de 2023, as mulheres representaram 27% do total de pessoas que usaram a plataforma. A taxa de participação avança à medida que a idade aumenta, passando para 43% quando se analisa o grupo das maiores de 65 anos.

No marco do Dia Internacional da Mulher, é importante analisar os motivos multifatoriais que têm impedido a inclusão feminina nas indústrias, assim como revisar as possíveis medidas que permitem acabar com a distinção de gênero e impulsioná-las ainda mais a se incorporar às finanças digitais.

  • Representação no mercado de trabalho – Impulsionar a presença de mulheres em cargos diretivos e de tomada de decisão vai além das cotas de gênero. Há um impacto positivo não apenas dentro das companhias, mas também fomenta a criação de produtos e serviços que atendam a outros setores e cheguem a mais mulheres.

De acordo com os relatórios focados na importância da inclusão, a distribuição equitativa de gênero nas equipes de trabalho também tem repercussão direta no desempenho financeiro das empresas. Times com participação igualitária de mulheres tinham 15% mais probabilidade de um maior crescimento econômico em 2015 e de 39% em 2023.

  • Impulsionar a educação e a presença de mulheres na STEM – A falta de referências e acesso das mulheres em áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática (STEM, por suas siglas em inglês) tem tido influência na sua baixa participação nestes âmbitos. A Unesco menciona que as mulheres representam 30% dos pesquisadores em ciência.

Além disso, existe também uma lacuna educacional significativa que faz com que as mulheres tenham dificuldades para gerenciar risco, acessar serviços financeiros e alcançar um progresso econômico, segundo o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento da América Latina e do Caribe.

  • Autonomia financeira das mulheres – O trabalho não remunerado, os estereótipos de gênero a respeito das finanças e a falta de informação são alguns dos fatores que impedem que elas acessem serviços e produtos financeiros. De acordo com o último relatório sobre a Inclusão Financeira no Mundo, nos países com economias em desenvolvimento, 74% dos homens e 68% das mulheres contam com algum produto financeiro.

As maiores dificuldades para ganhar dinheiro, assim como os salários menores, também fomentam uma tendência de investimento e poupança mais conservadora. Segundo dados da Bitso, a carteira média das mulheres têm uma maior presença de criptomoedas mais consolidadas, como bitcoin e ether, e apresenta duas vezes mais moeda fiduciária (local) que no caso dos homens.

A inclusão financeira impulsionada pelos criptoativos e a tecnologia blockchain têm tido uma repercussão importante em setores menos bancarizados ou com pouco acesso a sistemas financeiros tradicionais. Os baixos custos da tecnologia são ideais para incorporar mais mulheres e engajar sua participação. – Fonte e outras informações: (https://bitso.com).